Michael Schumacher foi, indiscutivelmente, um dos melhores pilotos de sempre da F1, mas a sua carreira continua a fomentar paixões e ódios. Os primeiros incentivados pelos sete títulos de campeão do mundo alcançados, que o transformam no piloto mais vitorioso de sempre (seguido de perto por Hamilton, com apenas menos um título), enquanto os segundos preferem valorizar as manobras ilegais a que recorreu para vencer algumas provas e até campeonatos, além dos castigos de que foi alvo pela entidade federativa, devido a algumas dessas mesmas manobras.

Confinado a uma cama após um acidente de esqui em 2013, sem que se conheça com exactidão o seu estado de saúde, Schumacher teve em 2001 um dos melhores anos da sua carreira. Ao volante de um F1 da Ferrari, o piloto alemão alcançou 10 pole positions e 9 vitórias, entre as 17 provas que integravam o campeonato. No final da época, o título de campeão foi mais uma vez seu (foi o 4º), tendo reunido quase o dobro dos pontos do segundo classificado (123 contra 65 de David Coulthard).

O capacete leiloado pela Sotheby’s em Paris, a 5 de Fevereiro, foi exactamente o modelo que permitiu a Schumacher vencer o Grande Prémio (GP) da Malásia de 2001 e que depois passou a sobressalente no GP de Barcelona. Trata-se de um Schuberth QF1, assinado pelo piloto na viseira, que vem acompanhado por um certificado que garante a origem.

A Sotheby’s pensava alcançar propostas até acima dos 60.000€ de licitação e acabou por colocar o artigo no mercado por um valor de somente 24.000€, muito inferior às estimativas da leiloeira. Resta saber se é a magia do piloto alemão que está a perder notoriedade ou se avaliação inicial foi demasiado optimista.

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