O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, classificou esta quarta-feira de “embuste” as negociações de aumentos salariais, acusando o Governo de ter ignorado todas as matérias contrapropostas pelos sindicatos.

Reagindo à única proposta que o Governo trouxe para a terceira e última reunião com as estruturas sindicais da função pública, que prevê um aumento de sete para 10 euros para os trabalhadores cuja remuneração atual está entre os 635,07 euros e os 683,13 euros, José Abraão afirmou que a posição do Governo será agora avaliada e terá uma resposta por parte da estrutura sindical.

“A Fesap vai reunir secretariado nacional depois do Carnaval e há de decidir tomar posição relativamente a esta postura de inflexibilidade do Governo”, salientou José Abraão, depois de ter afirmado que este processo negocial “foi um embuste” em que centenas de milhares de trabalhadores “são ignorados”.

Em 2020, o Governo vai aumentar em 10 euros os funcionários públicos que estão posicionados nos níveis 4 e 5 da Tabela Remuneratória Única (TRU), mantendo para os restantes a atualização de 0,3% que já tinha ficado acertada antes da aprovação do Orçamento do Estado para 2020.

A expectativa é que os aumentos possam começar a ser pagos em março, com retroativos a janeiro.

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