Frente longa, grelha imponente, capot do motor “dividido” por uma aplicação cromada que termina na insígnia DS. É assim, poderosa, a secção dianteira do novo saloon de luxo da marca premium francesa. A isso, o 9 alia uma silhueta fastback, com um pilar C muito inclinado e uma linha de cintura marcada a promover a união dos faróis com os farolins. Os puxadores de portas estão dissimulados, pois surgem e recolhem electricamente, tal como já acontece no DS 3 Crossback. Atrás, os designers tiraram partido de toda a largura do sedan executivo, realçando-a com novo cromado – agora na horizontal – a unir os farolins. É com este conjunto, num misto de desportivo com ares de executivo, que a DS quer fazer frente a modelos como o Jaguar XF, o Volvo S60 e os alemães A4, Classe C e Série 3, isto apesar de todos eles serem mais acanhados em comprimento do que os 4,93 m do DS 9.

O novo topo de gama da DS assenta na arquitectura modular EMP2 do Grupo PSA, a mesma que serve o Peugeot 508, por exemplo, em relação ao qual o DS 9 é 18 cm mais comprido, uma vez que se baseia na versão chinesa do Peugeot, substancialmente maior. A generosa dimensão posiciona a DS no segmento D premium, o que reforça com os seus 2,9 metros de distância entre eixos, com mais 10 cm do que o 508 à venda na Europa.

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No interior, o habitual requinte com que a DS procura afirmar-se entre os construtores de luxo, com um empenho tal para compensar a juventude da marca que, por vezes, se presta a alguns exageros, mais ou menos virtuosos. Neste caso, o exemplo mais flagrante encontra-se atrás, ou não fosse este um modelo destinado a aliciar executivos. Para viajar em primeira classe, espaço não basta, pelo que a marca introduziu aqui o conceito DS Lounge, sinónimo de bancos aquecidos, refrigerados e com massagem, tal como os da frente, no que consubstancia uma estreia na classe. O apoio de braço central é revestido a couro e os espaços de arrumação possuem fichas USB integradas. Detalhes a que se juntam outros pormenores de luxo, como é o caso dos puxadores das portas que são manualmente revestidos em couro para garantir um toque agradável (ou o superlativo deste). Como é prática habitual na marca, a personalização do habitáculo pode fazer-se através da escolha de um ambiente para o interior, optando por uma de quatro alternativas “DS Inspirations” (Bastille, Rivoli, Ópera e Performance Line).

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Tratando-se de uma proposta que visa os mais exigentes clientes, o novo DS 9 integra um lote considerável de tecnologias para maximizar o conforto e a segurança de quem vai a bordo. Para o primeiro intento concorre, por exemplo, o sistema DS Active Scan Suspension – basicamente uma suspensão que antecipa a melhor forma de digerir o piso que o veículo tem pela frente, convertendo-o num tapete liso por mais degradado que esteja. Para tal, o DS 9 recorre a uma câmara (para leitura da estrada), sensores de nível, acelerómetros e sensores do grupo propulsor para preparar o amortecimento de cada roda em função das condições da estrada.

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No domínio da segurança, também não lhe faltam argumentos, com soluções muito similares às que já conhecemos do DS 7 Crossbak. Não só os faróis de LED adaptam o alcance e a intensidade do feixe, dependendo das condições do tráfego e da velocidade a que o DS circula, como o 9 está equipado com uma câmara de infravermelhos na grelha frontal que detecta peões, ciclistas e animais na estrada, até 100 metros à frente da viatura e alerta o condutor para tal. Este também é constantemente escrutinado, pois o sistema Driver Attention Monitoring monitoriza continuamente os olhos do condutor em busca de sinais de fadiga. Há, ainda, outras funcionalidades mais viradas para  a assistência à condução, nomeadamente o Park Pilot, que prescinde do condutor para estacionar automaticamente, em paralelo ou em espinha, e o Drive Assist, um nível 2 de condução autónoma activável a partir dos 30 km/h e operacional até aos  180 km/h. Uma vez accionado, o 9 consegue manter-se ao centro da sua faixa de rodagem e adaptar a velocidade em relação à do veículo que segue à sua frente.

No domínio das motorizações, não há novidades. Ou, melhor, a novidade passa pelo facto de a DS optar logo no arranque por um conjunto híbrido plug-in (PHEV) que debita uma potência combinada de 225 cv, conjugando um motor a gasolina de 1,6 litros turbo com 180 cv com um motor eléctrico de 110 cv, alimentado por uma bateria com 11,9 kWh de capacidade. Trata-se, portanto, do mesmo grupo motopropulsor que já se encontra em modelos da Citroën, Opel e Peugeot. Está limitado a 135 km/h de velocidade máxima quando a circular em modo eléctrico, sendo que a autonomia (zero emissões) homologada em WLTP situa-se entre os 40 e os 50 km.

Lá mais para a frente, em data ainda por determinar, a oferta será enriquecida com mais dois PHEV, um com 250 cv, tracção dianteira e maior autonomia (disponível na China logo desde o lançamento), e um segundo com 360 cv e tracção integral. A completar, uma opção exclusivamente a gasolina, recorrendo ao PureTech de 225 cv da PSA. Em qualquer dos casos, a transmissão é sempre a EAT8, uma caixa automática de oito relações.