A Rolls-Royce entende que os seus clientes não são nada banais. Pelo contrário, confina-os a um “subconjunto único da sociedade”, representado por “empresários, visionários, chefes de Estado, realeza, fundadores e as estrelas mais brilhantes da indústria do entretenimento” (incluindo Kim Kardashian). A fasquia é de tal modo elevada que a marca de luxo britânica considerou que faria todo o sentido estender o eclectismo da sua insígnia ao fenómeno das redes sociais. Razão pela qual criou a Whispers.

Trata-se de uma nova rede social onde só tem entrada quem possui a chave de um Rolls-Royce. Ou, nas palavras do próprio fabricante, “pessoas com conhecimento, patronos das artes, filantropos, coleccionadores de itens raros e valiosos; indivíduos livres de restrições vulgares, como tempo e dinheiro”.

A plataforma está a ser desenvolvida há mais de dois anos, sob o maior secretismo, unindo um conjunto seleccionado de clientes por esse mundo fora. Ultrapassada a fase de testes e por ter recebido um feedback positivo por parte desses tais eleitos, a Rolls-Royce entendeu que estaria na altura de avançar com a nova rede social e fazê-la evoluir na exacta medida das expectativas dos seus clientes. E, assim, surge a Whispers.

Este “sussurro” já ecoa no Reino Unido, Europa, Médio Oriente e Estados Unidos. Segundo a marca, sem nunca avançar números, há já “um grande número de clientes a desfrutar dos benefícios de pertencer a este grupo exclusivo”. Por benefícios, a Rolls-Royce entende oferecer acesso a uma “selecção de ofertas de luxo e experiências marcantes”, bem como “conhecer em primeira mão as novidades da Rolls-Royce”. A este rol de vantagens acresce a possibilidade de interagir com proprietários de modelos da marca, bem como estabelecer contacto directo com o CEO da Rolls-Royce e outros membros do conselho de administração. Este último ponto não deixa de recordar aquilo que o CEO da Tesla, Elon Musk, faz via Twitter.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR