A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, afirmou esta sexta-feira que o parlamento bloqueou o funcionamento de três instituições democráticas e disse que tinha garantias de “outras bancadas” que os nomes propostos pelos socialistas seriam aprovados.
Em declarações aos jornalistas depois de se saber que a Assembleia da República “chumbou” os nomes propostos pelo PS — Vitalino Canas e António Clemente Lima — para juízes do Tribunal Constitucional (TC), o nome de Correia de Campos para presidir ao Conselho Económico e Social (CES), e a lista conjunta entre PS e PSD de vogais para o Conselho Superior da Magistratura (CSM), Ana Catarina Mendes não quis ainda dizer se o PS voltará a levar as mesmas personalidades a votos.
É absolutamente espantoso que a Assembleia da República e os seus deputados se permitam bloquear o funcionamento de outras instituições”, criticou.
Questionada sobre o facto de nem a totalidade da bancada do PS ter votado nos nomes indicados pelo partido para o TC, Ana Catarina Mendes disse estar a falar para “todos os deputados”, sugerindo que houve bancadas que não cumpriram com a sua palavra.
Não haveria da parte do PS a sujeição destas personalidades a uma humilhação, e até ao seu bom nome estar em causa, se não tivesse havido de algumas bancadas a indicação de que não se inviabilizariam os nomes propostos”, disse, sem querer especificar de que partidos estava a falar.
Questionado sobre fonte oficial do PSD já ter dito na segunda-feira que haveria deputados da bancada “desconfortáveis” com o nome de Vitalino Canas, a líder parlamentar do PS desvalorizou esse tipo de comunicação.
Não sei o que são fonte oficiais, sei o que são as palavras ditas pelas pessoas, estou habituada há muitos anos no parlamento a ter palavras e acordos de cavalheiros, que devem ser cumpridos, neste momento falharam todos os deputados que não viabilizaram a votação”, acusou.