Além de produzir os carros dos clientes, oferecendo a muitos a possibilidade de fabricar veículos com um maior custo unitário, mas sem a necessidade de investir fortunas em moldes e linhas de montagem específicas, a Magna tem igualmente a capacidade de desenvolver tecnologia própria para melhorar os veículos que já produz, bem como os que pode vir a produzir.

Os austríacos realizaram uma operação de relações públicas destinada à indústria automóvel, mais do que virada para o grande público, visando mostrar o potencial do que denomina Magna e4. Trata-se de um sistema “escalável” para veículos eléctricos, o que significa que se pode adaptar a veículos com acumuladores de alguma dimensão e mais desportivos, como o I-Pace, mas também a pequenos utilitários, menos potentes e mais baratos. Isto inclui motores, transmissões, inversores, baterias e sistema de gestão de energia, todos eles com o objectivo de reduzir o consumo, incrementando a autonomia para a mesma capacidade de bateria.

Afirma a Magna que “a tecnologia e4 consegue aumentar a autonomia de modelos actuais em 120 km”. Se tivermos em conta que o modelo utilizado para testar o e4 foi o I-Pace, veículo fabricado pela Magna, é difícil extrair outra conclusão que não seja o incremento da capacidade do Jaguar eléctrico para percorrer mais 120 km entre recargas.

De recordar que o I-Pace está equipado com uma bateria de 90 kWh e motores que fornecem 400 cv, anunciando uma autonomia de 470 km segundo a norma WLTP, o que já é mais do que o que oferecem o Mercedes EQC e o Audi e-tron 55. Com mais 120 km, o Jaguar atingiria 590 km, o que lhe permitiria aproximar-se dos valores anunciados pelo Tesla Model X, que continua a ser de longe o SUV mais eficiente do mercado. Este aumento de autonomia do I-Pace faria ainda maravilhas ao sucesso comercial do modelo eléctrico. Resta esperar pela resposta da marca britânica.

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