Um golo de diferença em Lisboa, um golo de diferença em Bucareste, um golo de diferença em Lisboa. Depois de se terem cruzado no playoff de apuramento para os oitavos da Liga dos Campeões em 2018/19, com vitórias pela margem mínima dos leões nas duas mãos, o Dínamo conseguiu sair na frente no Pavilhão João Rocha (26-25) antes de mais uma hora de “guerra” num ambiente frenético na Roménia. E, mais uma vez, foi mais forte.

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Com um início desastroso e onde teve Carlos Ruesga de fora por problemas num ombro já depois de ter falhado um livre de sete metros (antes tinha sido Ghionea a permitir a defesa ao guarda-redes contrário), o Sporting só marcou um golo nos oito minutos iniciais, revelando grandes dificuldades em termos ofensivos perante aquilo que se revelou a grande melhoria do Dínamo de Bucareste em relação à última temporada: a estatura e o peso da defesa romena. Ainda assim, e com os passar dos minutos, os leões foram conseguindo equilibrar as operações e, a meio do metade inicial, falharam um contra-ataque por Luís Frade que podia ter dado a primeira vantagem.

Seguir-se-ia um período determinante para a eliminatória e para a desvantagem com que os verde e brancos iriam chegar ao intervalo (14-12): apesar da expulsão de Kuduc por falta violenta sobre Carlos Carneiro, o que retiraria aos visitados uma das maiores referências em termos ofensivos, o Sporting não aproveitou a vantagem numérica, ficou mesmo a perder por três golos e perdeu ainda Luís Frade, que viu cartão vermelho por uma agressão no chão ao tunisino Amine Bannour que não passou ao lado da dupla de arbitragem (28′).

No segundo tempo, o conjunto de Thierry Anti voltou a conseguir empatar o jogo, o que deixava a equipa a um golo da recuperação da desvantagem na eliminatória, mas bastavam dois/três erros seguidos para o Dínamo de Bucareste disparar para avanços de três golos, o que nem mesmo a boa entrada do jovem guarda-redes Manuel Gaspar conseguiu atenuar até por haver no outro lado um inspirado iraniano Saeid Heidarirad, enorme na baliza dos romenos perante as várias soluções ofensivas que iam sendo tentadas pelos leões. Foi assim que, a meio da segunda parte, a diferença continuava nos dois golos que vinham do intervalo (19-17).

Fruto também da exibição de Francisco Tavares, jovem ponta que converteu com nervos de aço os quatro livres de sete metros que tentou, o Sporting voltou a empatar o jogo a 20 mas o Dínamo de Bucareste voltou a ser mais forte nos derradeiros minutos (26-24), aproveitando também os erros sucessivos dos mais experientes, com o capitão Frankis Carol à cabeça (exibição para esquecer do lateral cubano, que não marcou qualquer golo apesar das seis tentativas). Caía assim por terra o sonho que os leões tinham de repetir o feito alcançado na última temporada, onde chegaram aos oitavos da Champions, com o romeno Ghionea a ser o melhor marcador.

Desta forma, o FC Porto, que este sábado venceu fora o Meshkov Brest, passa a ser a única equipa portuguesa na Liga dos Campeões, defrontando agora os dinamarqueses do Aalborg, que ganhou aos noruegueses do Elverum este domingo. E, esta quarta-feira, há clássico no Pavilhão João Rocha, com Sporting e FC Porto a jogarem pela liderança da Liga na fase regular quando faltam apenas duas jornadas para o final da primeira fase.

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