A TVI avançou este domingo que a Polícia Judiciária tem fortes indícios de corrupção desportiva contra o Benfica, ainda no âmbito do caso dos vouchers. De acordo com o canal, e segundo a investigação que foi feita, a conta das ofertas a árbitros não se ficava por 35 euros por pessoa como continha o “cupão”, sendo que algumas terão chegado aos 600 euros alargando-se a outras pessoas da intimidade de árbitros, assistentes e observadores.

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Recordando que as queixas apresentadas pelo Sporting em 2015, numa altura em que era presidido por Bruno de Carvalho, foram arquivadas pela Federação Portuguesa de Futebol, pela Liga de Clubes e pela UEFA, considerando que essas ofertas também conhecidas como “Kit Eusébio” cumpriam todos os limites definidos e funcionavam como uma mera cortesia, a TVI avança que, de acordo com a investigação feita pela Polícia Judiciária, as bases de avaliação a essas mesmas ofertas são distintas pelo levantamento feito no restaurante em causa.

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Segundo essa complicação da faturação do restaurante em causa, esses jantares enquadrados em 35 euros chegavam aos 500 e 600 euros, incluindo benefício de terceiros (neste caso, pessoas próximas dos árbitros). Ou seja, e contas feitas, o canal relata que esses limites definidos como “hospitalidade” pela UEFA, e que eram entregues a aos quarto árbitros, aos dois delegados da Liga e ao observador em cada um dos jogos que envolviam o clube encarnado no futebol, foram muito superados, com despesas reais acima do dobro do consagrado.

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Ainda assim, não existe qualquer acusação pública a esse propósito na medida em que o processo foi entretanto anexado ao caso dos emails, que se encontra a ser investigado pela Polícia Judiciária. Segundo a TVI, o facto de envolverem os mesmos protagonistas pode consolidar as suspeitas de corrupção desportiva, embora seja certo que essa correspondência eletrónica conseguida e divulgada de forma ilegal não possa ser utilizada como prova, o que fez com que a investigação tenha tentado outros caminhos para chega ao mesmo fim.

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“Os factos sob investigação respeitam à suspeita da atuação de responsáveis do SLB-SAD, que, em conluio com personalidades do mundo do futebol e da arbitragem, procurarão exercer pressão e influência junto de responsáveis da arbitragem e outras estruturas de decisão do futebol nacional, tendo em vista influir na nomeação e classificação de árbitros nesse âmbito”, explicava a fundamentação da juíza de instrução criminal em relação aos mandados de busca à sociedade dos encarnados, em outubro de 2017.

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Ainda antes da peça, o Benfica já tinha reagido destacando que “não foi notificado de nenhuma ‘conclusão do Ministério Público’ relativamente a qualquer inquérito judicial que esteja em curso”. “Aliás, não deixa de ser curioso e significativo o timing desta peça. Aquele inquérito está, como é sabido, sujeito a segredo de justiça, pelo que o SL Benfica reservará qualquer atuação para o momento e local próprios”, asseguraram os encarnados.

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“Mais aproveita o SL Benfica para relembrar que no designado caso dos vouchers, a que parece aludir a TVI, todas as decisões processuais de instâncias nacionais e internacionais até agora conhecidas concluíram pelo arquivamento do processo”, acrescentou a nota publicada pelas águias.