Já aqui falámos do Bentley Bacalar, um coupé aberto deslumbrante com apenas dois lugares, que tem como base o Continental GT Convertible. Mas, apesar deste parentesco, não possui qualquer peça da carroçaria em comum – isto se descontarmos os fechos das portas. Elegante, desportivo e cheio de charme, o Bacalar tem tudo para ser um sucesso, isto é, para ver desaparecer num instante os 12 exemplares que vão ser construídos, com esta exclusividade a valer cerca de 2 milhões de euros por unidade.

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O que nem todos os clientes saberão é que o seu Bacalar, novinho em folha, tem lá dentro algumas peças com 5000 anos. E não é fácil convencer um cliente que o seu carro novo tem na realidade algumas peças (bem) usadas. Sucede que a Bentley, para reforçar a sensação de exclusividade e de construção artesanal, resolveu partir em busca da madeira utilizada para revestir o interior no fundo dos lagos, rios e pântanos britânicos. Mas utilizando apenas árvores com mais de 5000 anos.

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Bacalar faz a Bentley regressar aos roadsters de 2 lugares

Depois de retirada da água, a madeira tem de ser seca e estabilizada, para que não se degrade. Não que o Bacalar pretenda durar mais cinco milhares de anos, mas sim porque esse material tem de (no mínimo) suportar 100 anos debaixo de sol, rodeado de poluição e, sobretudo, ser constantemente “bombardeado” pelos raios ultravioleta a que agora passa a estar exposto.

A madeira que passou os últimos milhares de anos submersa em água e lamas, ou seja, longe do oxigénio gasoso, exibe hoje uma característica cor escura, independentemente do tipo de árvore que a originou.