A situação em Ovar está complicada com “vários novos casos“, são já dez, que demonstram que a contaminação no concelho pode vir a assumir grandes proporções. O presidente da câmara municipal de Ovar, Salvador Malheiro, utilizou esta sexta-feira à tarde o Facebook para apelar aos munícipes que “cancelem tudo o que puderem” e que tentem “ficar em casa“. Ao Observador, o autarca disse que a situação está “complicada” porque há “uma série de casos confirmados”.
Já este sábado à SIC, o autarca adiantou que uma das infetadas trabalha numa empresa com milhares de colaboradores, a Yazaki Saltano. Há profissionais de saúde que contactaram com centenas de utentes e ainda um treinador de futebol que dá treinos a muitas crianças.
A autarquia vai “reduzir tudo ao mínimo” e a própria câmara “vai ser encerrada” e funcionar em “serviços mínimos”. Na quinta-feira já foi encerrado o segundo centro de saúde (a Unidade de Saúde Familiar de S. João de Ovar) na sequência de mais um caso de infeção por COVID-19, associado àquele estabelecimento de saúde. Os centros de saúde podem assim ter sido focos de contaminação.
Após serem confirmados mais casos, o presidente da câmara municipal de Ovar decidiu esta sexta-feira “atualizar o seu Plano de Contingência, nomeadamente com o encerramento de todos os serviços municipais, incluindo o Mercado Municipal, tendo-se definido um conjunto de serviços mínimos presenciais e em teletrabalho”.
Como já tinha feito na sua página de Facebook, Salvador Malheiro emitiu um comunicado onde fez um “apelo a toda a comunidade vareira para reduzir ao mínimo toda a atividade comercial, industrial e de lazer no município, recomendando que as pessoas se mantenham em casa sempre que possível, reduzindo o contacto social e cumprindo escrupulosamente as regras de higienização”. As medidas, segundo o comunicado, “vigoram até ao próximo dia 3 de abril”.
Na quarta-feira, 11, foram confirmados os primeiros dois casos em Ovar, mas, segundo informações de sábado serão já dez os infetados.
Atualizado às 11h08 de sábado.