O arqueólogo Luís Fraga da Silva, de 66 anos, morreu esta sexta-feira num hospital de Lisboa, onde se encontrava internado, disse à agência Lusa fonte próxima da família.

Aos 20 anos, Luís Fraga da Silva foi o mais jovem preso político libertado do Forte de Peniche, depois da Revolução de 25 de Abril de 1974. Fraga da Silva era um especialista em História do Algarve, autor de várias obras, entre as quais “Balsa. Cidade Perdida” e “A viagem de Ibn Ammâr de São Brás a Silves”. Como arqueólogo trabalhou no campo Arqueológico de Tavira, concelho onde se situou a cidade portuária romana de Balsa.

Um dos resultados do seu intenso trabalho consistiu na criação de uma biblioteca especializada com mais de 11 mil volumes e documentos, no Monte das Oliveiras [em S. Brás de Alportel, no Algarve], onde residia, sobre a Antiguidade clássica Mediterrânica”, disse à Lusa a professora universitária de Economia Política Isabel Salavisa.

Fraga da Silva “deixa uma diversificada obra e numerosos projetos científicos que, quem o conheceu de perto, acalenta a esperança da sua continuidade e a devida divulgação”, acrescentou a professora Isabel Salavisa.

Paralelamente, “foi um notável analista e programador, pioneiro no apoio informático à realização de sondagens, desde os anos 1980”.

O funeral de Luís Fraga da Silva realiza-se no sábado, ao final da manhã, da capela mortuária do Hospital de S. José, para o Cemitério do Alto de S. João, em Lisboa, onde está previsto realizar-se a cerimónia de cremação, às 12h, segundo a mesma fonte, próxima da família.

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