O festival Iminente, que tem Vhils como um dos fundadores, vai ter uma edição ‘online’, no dia 4 de abril, com o valor dos bilhetes a reverter para dois hospitais de referência no tratamento do novo coronavírus em Portugal.

“Com vista a animar a malta e ajudar aqueles que estão na linha da frente na luta contra o Covid-19 em Portugal, apresentamos uma edição especial ‘online’ do Iminente associada a uma campanha de angariação de fundos para os dois hospitais de referência no tratamento desta pandemia”, refere a organização numa publicação partilhada esta quinta-feira nas redes sociais do festival.

A ‘Emergency Edition’ (Edição de Emergência, em português) do Iminente, que inclui um cartaz com “conversa, música, performance, dança e ‘live painting’ [pintura ao vivo]”, está marcada para domingo, entre as 16:00 e as 23:20.

Os bilhetes para esta edição “não têm preço fixo”.

“Cada um dá o que pode. E a totalidade do valor angariado reverte para os hospitais”, refere a organização.

Os donativos “para ajudar o Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Central e o Centro Hospitalar e Universitário de São João” podem ser feitos através da plataforma online de angariação de fundos GoFundME.

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O cartaz, disponível nas páginas do festival nas redes sociais, inclui atuações de músicos como Julinho KSD, Dino D’Santiago, Prétu, Mayra Andrade e Ana Moura, performances de Miguel Januário, com o projeto ±maismenos±, e pintura ao vivo por Tamara Alves, entre outros.

O Iminente, um festival que junta música e artes visuais, realizou-se pela primeira vez em Oeiras, em 2016. No ano seguinte, o Jardim Municipal daquela cidade voltou a acolher a iniciativa. Em 2018, o Iminente realizou-se em Lisboa, no Panorâmico de Monsanto, onde se irá manter até este ano.

Em 2017 e 2018, o festival teve também lugar em Londres. No ano passado, foi a vez de Xangai acolher, em março, um ‘showcase’ do festival, que em maio se realizou pela primeira vez no Rio de Janeiro.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.

Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.