O exército israelita bombardeou esta sexta-feira postos do movimento radical Hamas em Gaza, em represália contra o disparo de um míssil, no primeiro confronto registado no enclave palestiniano em pleno surto do novo coronavírus, noticiou a Efe.

Aviões e tanques israelitas atingiram uma infraestrutura subterrânea e postos militares do Hamas no norte da faixa de Gaza, informou o exército israelita e confirmaram à Efe fontes que residem no enclave e que ouviram fortes explosões.

Os bombardeamentos verificaram-se depois de supostos militantes do Hamas terem lançado um míssil contra Israel, que não causou feridos.

O exército israelita informou que ativou as sirenes antiaéreas nas localidades vizinhas de Gaza, um procedimento que se repete durante os picos de tensão entre Israel e os grupos armados da faixa da Gaza.

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Desde a crise provocada pela pandemia de Covid-19, os confrontos entre Israel e as milícias de Gaza diminuíram significativamente, o mesmo ocorrendo com os territórios da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ainda que as tensões persistam.

Na faixa de Gaza, um dos territórios mais densamente povoados do mundo e com um sistema sanitário deficiente, registaram-se nove dos 82 casos de contágio entre palestinianos, a maioria na Cisjordânia, que tem uma morte até ao momento.

Em Israel, mais de 3.000 pessoas testaram positivo e 11 morreram devido à doença da Covid-19.

Organizações internacionais e locais temem que a expansão da Covid-19 em Gaza seja suscetível de gerar uma emergência humanitária no enclave, após mais de uma década de restrições à entrada de material básico. Neste momento, só existem 60 camas de cuidados intensivos e entre 50 e 60 ventiladores.