A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa não vai retomar as atividades letivas presenciais até ao final do segundo semestre devido à pandemia de covid-19, informou esta quinta-feira o diretor da instituição.

“Este semestre está a ser muito diferente dos anteriores. Embora cerca de metade das nossas aulas tenha sido ainda presencial, não é razoável imaginar que voltemos a ter mais aulas presenciais até ao verão”, escreve Miguel Tamen numa nota enviada aos estudantes.

A Universidade de Lisboa suspendeu todas as atividades presenciais em 09 de março para prevenir a propagação no novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19.

Inicialmente, estava prevista a suspensão das aulas presenciais por um período de duas semanas, mas entretanto o Governo decretou o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino, uma medida que vai ser reavaliada em 09 de abril.

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Na nota, o diretor da Faculdade de Letras informa também que nenhuma das provas de avaliação contínua será presencial, remetendo para o futuro informações sobre ao formato dos exames de avaliação final alternativa, em que se poderão inscrever igualmente os alunos cujos programas de Erasmus foram interrompidos.

Já os alunos que não estejam a conseguir realizar os estágios curriculares em regime de teletrabalho vão poder ser avaliados se tiverem concluído pelo menos 50% das horas previstas, ou através de um trabalho complementar.

Apesar de a discussão sobre educação estar agendada para o dia 09 de abril, o primeiro-ministro, António Costa, já admitiu que a suspensão das atividades letivas presenciais devido à pandemia da covid-19 se poderá estender além das férias da Páscoa, que terminam em 13 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação à véspera (+9,5%).

Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado agora o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.