Mais de uma centena de doentes com a Covid-19 estão internados nos cinco hospitais privados de primeira linha ativados para apoiar o Serviço Nacional de Saúde durante a pandemia.

Segundo a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), os cinco hospitais privados, ativados para apoiar o SNS na semana passada, têm um total de 330 camas para doentes com Covid-19, incluindo cerca de 80 camas de cuidados intensivos. Em comunicado, a APHP refere que, até ao final do dia de quarta-feira, estavam internados nos hospitais privados 106 doentes infetados com o novo coronavírus.

Houve ainda mais de 200 diagnósticos positivos que, entretanto, tiveram alta, estando os doentes a ser acompanhados no domicílio.

Há também a registar nestes dias que, em diversas regiões do país, os hospitais privados têm dado o apoio solicitado como hospitais de segunda linha, nomeadamente no internamento de doentes que estavam nos hospitais públicos ou no acolhimento de residentes de lares”, explica Óscar Gaspar, presidente da APHP, citado no comunicado.

Na nota, a associação reitera a “disponibilidade incondicional” dos hospitais privados para reforçar a colaboração com o SNS.

Tendo em conta que as necessidades dos portugueses em termos de cuidados de saúde (emergência médica, cirurgias, meios complementares de diagnóstico, internamento, etc) e de modo a garantir tempos de atendimento condizentes com a condição clínica e não sobrecarregar hospitais do SNS, os hospitais privados estão em condições de dar um importante contributo para um aumento assistencial”, acrescenta Óscar Gaspar.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o número de pessoas internadas por causa da Covid-19 ultrapassou a barreira dos mil, aumentando mais de 40% relativamente aos dados de quarta-feira. No total, são 1.042 os doentes internados, dos quais 240 em Unidades de Cuidados Intensivos.

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Os dados da DGS indicam que Portugal regista 209 mortes associadas à Covid-19 e 9.034 pessoas infetadas.

A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 2 de março e que viu hoje renovado até 17 de abril o estado de emergência, está já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil. Dos casos de infeção, cerca de 180 mil são considerados curados.