A idade costuma trazer sabedoria. No caso de Wilson Kipsang, trouxe mais. Trouxe uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Trouxe vitórias em mediáticas maratonas como Londres, Berlim, Nova Iorque ou Tóquio, entre outros pódios nas mesmas provas. Trouxe durante algum tempo o recorde mundial da distância, alcançado na Alemanha. Trouxe vários prize moneys e patrocínios de relevo.

A idade, neste caso os 38 anos, trouxe muito ao queniano, apenas o segundo atleta de sempre a conseguir fazer três maratonas abaixo das duas horas e cinco minutos. No entanto, o atleta está a ter um último ano da carreira para esquecer, mostrando que a idade trouxe muita coisa mas outras ainda se têm de fazer por ter.

Ainda em 2019, o africano foi detido por conduzir embriagado e ter estado envolvido num acidente de viação, o que fez também com que ficasse com a carta apreendida depois dessa infração. Já no início de 2020, Kipsang acabou suspenso por ter violado as regras de controlo de doping, não estando provado o uso de substâncias proibidas mas sim a acusação de uma alegada tentativa de adulteração de explicações em relação ao paradeiro onde se encontrava num controlo surpresa efetuado. Agora, nova detenção.

O queniano foi preso num grupo de cerca de 20 pessoas por ter furado o recolher obrigatório que foi decretado no país devido à pandemia da Covid-19, tendo sido apanhado numa festa num bar. “Estas pessoas deveriam apelar ao recolher obrigatório da população e fazem isto”, comentou o comandante da polícia, John Mwinzi, ao jornal The Standard, explicando ainda que teve de haver reforço policial para retirar o grupo para a esquadra face à resistência que foi apresentada pelos presentes, incluindo o atleta olímpico.

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