A câmara de Mirandela anunciou esta terça-feira que vai disponibilizar computadores e Internet aos alunos sem estas ferramentas para acompanharem as aulas do terceiro período escolar com ensino à distância devido à pandemia de Covid-19.

Este município do distrito de Bragança esclareceu que “irá disponibilizar equipamentos informáticos, com conexão à Internet através da tecnologia 4G, a alunos que não possuam computador, tornando possível o acompanhamento em pleno do ensino à distância, nos termos definidos pela respetiva escola e pelo Ministério da Educação”.

Cabe agora, segundo ainda a autarquia, às escolas fazerem o levantamento das necessidades para a aquisição dos computadores e routers necessários para que todos os estudantes possam acompanhar o ensino à distância.

“O Agrupamento de Escolas de Mirandela (AEM) e outras instituições de ensino encontram-se, neste momento, a efetuar um levantamento meticuloso e exaustivo das necessidades dos alunos que frequentam os estabelecimentos de ensino do município”, sustentou, em comunicado, a autarquia presidida por Júlia Rodrigues.

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O município justificou que esta decisão surge após o Governo ter anunciado na quinta-feira, 9 de abril, que apenas os estudantes do 11.º e 12.º anos poderão voltar, neste ano letivo, a ter aulas presenciais.

Para os restantes alunos, do primeiro ao 10.º ano, o ano letivo prosseguirá em regime de ensino à distância e com o recurso à telescola, que começa a ser emitida na RTP Memória a partir de 20 de abril.

A autarquia e a direção do AEM “estão ainda a operacionalizar o plano de entrega dos livros escolares, e outro material, pertencentes aos alunos, que ficaram nas escolas desde o dia 16 de março”.

Além destas ações, o município transmontano informou que, também em parceria com o AEM, distribuirá refeições aos alunos beneficiários do escalão A e B da Ação Social Escolar, residentes no concelho de Mirandela.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril devido à pandemia de Covid-19.

No último balanço, feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos e 16.934 casos de infeção confirmados.