O sérvio Novak Djokovic, número um mundial, revelou este sábado a intenção de iniciar um fundo de apoio aos tenistas do circuito ATP mais afetados pela pandemia da covid-19, em conjunto com Roger Federer e Rafael Nadal.
Num evento nas redes sociais, Djokovic esteve à conversa com o suíço Stan Wawrinka, atual 17.º do ranking, e explicou que teve uma “longa conversa” com Federer e Nadal, para tentar arranjar uma forma de ajudar os jogadores que ocupam lugares inferiores e que possam estar a passar dificuldades.
“Estivemos a falar em como podemos contribuir e ajudar aqueles que realmente devem estar a passar dificuldades nesta altura. Queremos tentar acumular entre 3 e 4 milhões de dólares para os jogadores classificados entre 200 ou 250 e 700. Vamos ver”, disse o tenista de 32 anos.
Djokovic acrescentou que o objetivo é criar um “sistema para determinar os jogadores que estão mais necessitados”, com os dados disponibilizados pelo ATP.
O circuito masculino e também o feminino estão parados há mais de um mês devido ao novo coronavírus e deverão ficar suspensos pelos menos até julho.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 154 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 497 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.