23 pessoas morreram durante um tiroteio na região de Nova Escócia, no Canadá. Tudo começou ainda na noite de sábado e estendeu-se durante a madrugada de domingo. Durante 12 horas, o atirador deslocou-se de carro pela região e matou então 23 pessoas, incluindo um polícia. Segundo a polícia, o atirador disfarçou-se de polícia e fez alterações a um carro para se assemelhar a um veículo policial. Alguns corpos foram encontrados dentro de casas que tinham sido incendiadas pelo autor dos disparos.
People who live near the denture clinic where Gabriel Wortman worked say they were stunned to learn he was the suspect in a killing spree. https://t.co/zL5cXS5Zah
— CTV Atlantic (@CTVAtlantic) April 19, 2020
Segundo o The Guardian, o atirador identificado pela polícia era Gabriel Wortman e tinha 51 anos. De acordo com as informações que agora circulam, era dentista. Foi detido numa bomba de gasolina em Enfield, Nova Escócia, e as autoridades canadianas confirmaram mais tarde que o suspeito acabou por morrer, sem detalhar se foi abatido pela polícia. A investida de 12 horas do atirador ocorreu na cidade costeira de Portapique, a cerca de 130 quilómetros a norte de Halifax, a capital da região.
Authorities said the shooter disguised himself as a police officer in uniform at one point and mocked up a car to make it seem like a Royal Canadian Mounted Police cruiser.https://t.co/30JQXC8ZYA
— KOIN News (@KOINNews) April 19, 2020
O episódio começou na noite de sábado, quando as autoridades pediram à população de Portapique que ficasse dentro de casa. De acordo com a CBC, a televisão estatal canadiana, os habitantes viram vários carros da polícia a arder e ouviram tiros. As autoridades explicam então que Gabriel Wortman estaria disfarçado de polícia e terá alterado o aspeto de um carro para que ficasse parecido com um veículo policial. Mais tarde, terá mudado de carro, explica a BBC.
“Nunca imaginei, quando me deitei na noite passada, que fosse acordar com estas notícias horríveis de que um atirador ativo estava à solta na Nova Escócia. Este é um dos atos de violência mais absurdos na história da nossa região”, disse Stephen McNeil, o autarca da província canadiana. Também Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, já reagiu ao episódio, que considerou ser uma “situação terrível”.
Este é desde já o tiroteio mais mortífero a ter lugar no Canadá nos últimos anos. Na história mais recente do país, o pior tinha sido em janeiro de 2017, quando um homem matou a tiro seis pessoas num centro cultural islâmico no Québec.