O McLaren 720S já é um superdesportivo impressionante, como fica provado pela capacidade que apresenta em atingir 341 km/h e passar pelos 100 km/h em apenas 2,9 segundos. O seu principal argumento é o motor 4.0 V8 biturbo que, como a designação do modelo parece indicar, debita 720 cv. Mas para fazer face a uma concorrência que não pára de evoluir, a marca britânica viu-se obrigada a puxar um pouco mais pelos argumentos, não só em matéria de potência, como também da eficiência do chassi.
O novo McLaren 765 LT começa por ser ligeiramente mais comprido (4,6 em vez de 4,54 metros), sendo ainda 5,7 cm mais largo, isto apesar de recorrer ao mesmo chassi integralmente em fibra de carbono. Tanto a zona frontal como a posterior surgem aqui mais apuradas em termos aerodinâmicos, para colar mais o desportivo ao solo, mas talvez o elemento mais diferenciador seja a asa traseira, que é do tipo activo, ou seja, muda o grau de incidência para conferir mais apoio aerodinâmico em curva e na travagem, para depois, em recta, diminuir o apoio e permitir que o modelo atinja uma velocidade máxima superior.
A asa posterior móvel pode assumir uma de três posições possíveis: a Driver Downforce, que se eleva parcialmente quando é necessário; a posição DRS, que baixa a asa para diminuir o apoio, com o fabricante a garantir que, mesmo assim, o aileron traseiro está seis centímetros mais alto do que o nível habitual do 720S; e a High Speed Braking, que levanta por completo a asa na travagem, para optimizar a função de travão aerodinâmico.
À semelhança da asa, a suspensão também é regulável, disponibilizando três modos distintos, nomeadamente Comfort, Sport e Track. Acoplada ao motor está a habitual caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades (agora 15% mais rápida) e como o 765 LT pertence à gama Super Series, acaba por ter a produção a cargo da McLaren Special Operations. Isto garante-lhe um nível de personalização ainda superior.