O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu esta terça-feira o presidente executivo dos CTT – Correios de Portugal, com quem discutiu “o exercício do serviço público” da responsabilidade desta empresa “nestes tempos de confinamento”.

Esta informação consta de uma nota divulgada no portal da Presidência da República na internet após duas audiências que Marcelo Rebelo de Sousa concedeu esta terça-feira à tarde, aos presidentes do grupo do setor da restauração Ibersol, António Vaz Pinto de Sousa, e dos CTT, João Bento, empresas do PSI20.

Segundo a nota, o Presidente da República “discutiu em particular com João Bento o exercício do serviço público da responsabilidade dos CTT nestes tempos de confinamento e limitação da mobilidade, também com a disponibilização de equipamentos de proteção nas suas lojas”.

Os CTT foram privatizados pela anterior governação PSD/CDS-PP em período de assistência financeira externa a Portugal. PCP, BE e PEV defendem a sua renacionalização, enquanto o PS admite alterações à concessão do serviço público postal, que termina no final deste ano.

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Nos últimos dias, Marcelo Rebelo de Sousa tem estado a ouvir dirigentes de empresas cotadas em bolsa sobre o impacto da pandemia de Covid-19 e as suas perspetivas para os respetivos setores.

Na quarta-feira da semana passada, recebeu no Palácio de Belém, em Lisboa, os presidentes dos grupos Jerónimo Martins e Sonae. Na segunda-feira, concedeu audiências à Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), à Galp, por videoconferência, e à Altri.

Face à pandemia de Covid-19, o Presidente da República decretou no dia 18 de março o estado de emergência, ouvido o Governo e com autorização do parlamento, que foi depois duas vezes renovado, vigorando até 2 de maio.

A pandemia de Covid-19 já atingiu 193 países e territórios, registando-se mais de 174 mil mortos e mais de 2,5 milhões de pessoas infetadas a nível global.

Em Portugal, morreram 762 pessoas num total de 21.379 confirmadas como infetadas, segundo o último balanço da Direção-Geral da Saúde.

A doença é provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan, uma cidade do centro da China.