Vários grandes festivais de verão europeus, como Glastonbury, Roskilde, Tomorrowland, Montreux e Womad, já cancelaram as edições deste ano devido à pandemia da Covid-19, mas em Portugal a maioria mantém-se, por enquanto, sem alterações.

O festival de Glastonbury, no Reino Unido, deveria assinalar este ano o 50.º aniversário. Artistas como Kendrick Lamar, Paul McCartney e Taylor Swift estavam “convidados” para a festa, que iria acontecer entre 24 e 28 de junho. No entanto, a organização acabou por anunciar o cancelamento da edição deste ano, garantindo que o festival regressa em 2021, ainda sem novas datas marcadas.

Este ano seria também de comemoração do 50.º aniversário do festival dinamarquês Roskilde, mas a extensão até 31 de agosto da proibição de ajuntamentos de grande escala, decidida pelo governo local, acabou por decretar o cancelamento da iniciativa.

A edição deste ano do Roskilde, que contava no cartaz com bandas e artistas como Taylor Swift, Deftones, Kendrick Lamar, The Strokes e Tyler, The Creator, deveria decorrer entre 27 de junho e 4 de julho.

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Também o governo belga decidiu que a proibição de grandes aglomerações de pessoas irá vigorar até 31 de agosto, por isso, vários festivais foram cancelados naquele país, incluindo o Tomorrowland, um dos maiores festivais de música eletrónica do mundo. Agendado para os dois últimos fins de semana de julho deste ano, já foram entretanto marcadas novas datas para 2021: entre 16 e 18 e 23 e 25 de julho.

Também em julho, mas na Suíça, deveria decorrer mais uma edição do histórico Festival de Jazz de Montreux. Entre 3 e 18 de julho deste ano deveriam passar pelo festival, que decorre anualmente desde 1967, artistas como Lionel Richie, Black Pumas, Brittany Howard e Lenny Kravitz. O regresso do festival em 2021 já tem datas definidas: entre 2 e 17 de julho.

Em julho deveria acontecer também mais uma edição do Womad, no Reino Unido, que tem o músico Peter Gabriel como um dos fundadores. Para este ano, estavam confirmadas as presenças de, entre outros, Mariza, Flaming Lips, Angélique Kidjo, Fatoumata Diawara, Kate Tempest e Les Amazones d’Afrique.

A organização já anunciou que os bilhetes da edição deste ano são válidos para a de 2021, que irá decorrer entre 22 e 25 de julho.

Também no Reino Unido, mas em junho, deveria decorrer mais uma edição do festival Download, que teria como cabeças de cartaz Iron Maiden, Kiss e System of a Down. A edição deste ano foi cancelada, mas em 2021 há mais.

Nas sonoridades mais pesadas, os principais festivais do género, como o francês Hellfest ou o alemão Wacken Open Air, também só voltam a acontecer em 2021.

No meio dos cancelamentos, há pelo menos um adiamento: o do Primavera Sound de Barcelona. Inicialmente previsto para decorrer entre 3 e 7 de junho, o festival, que assinala este ano o 20.º aniversário, deverá agora decorrer entre 26 e 30 de agosto.

O mesmo aconteceu com o festival Primavera Sound do Porto. Programado para acontecer em junho, foi adiado para o início de setembro.

Em Portugal, até ao momento, o Primavera Sound foi o único a ser adiado para uma data ainda em 2020. O Rock in Rio Lisboa, agendado para junho, o Boom Festival, que deveria acontecer em Idanha-a-Nova entre 28 de julho e 4 de agosto, e o Festival de Músicas do Mundo, marcado para o final de julho em Sines, bem como o North Music Festival, no Porto, regressam todos em 2021.

Até ver, as datas da maioria dos grandes festivais de verão portugueses mantêm-se inalteradas. No caso do Alive, agendado para entre 8 e 11 de julho, em Oeiras, “decisões mais adequadas” foram remetidas para depois do levantamento do estado de emergência.

O Super Bock Super Rock tem datas entre 16 e 18 de julho, em Sesimbra, o Máres Vivas entre 17 e 19 de julho, em Vila Nova de Gaia, o Sudoeste entre 4 e 8 de agosto, em Odemira, o Paredes de Coura entre 19 e 22 de agosto, naquela localidade minhota, e o Vilar de Mouros entre 27 e 29 de agosto, na vila que lhe dá nome.