Alberto do Mónaco sabe bem o quanto custa lidar com o novo coronavírus. O governante deste micro-estado europeu foi o primeiro líder mundial a ser diagnosticado com a Covid-19, doença que entretanto já derrotou. Mesmo assim, ciente do impacto que ela exerce direta e indiretamente nas pessoas, Alberto autorizou uma série de medidas económicas para mitigar o impacto da doença — e uma delas foi-lhe literalmente ao bolso.

Numa medida inédita, “Sua Alteza Sereníssima” (como é chamado) decretou que o orçamento do seu palácio ia ter um corte de cinco milhões de euros, passando desta forma a auferir anualmente apenas oito milhões de euros e não os 13,2 dos tempos pré-pandemia.

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“A pandemia de coronavírus terá um forte impacto no orçamento do Estado, com um deficit provisório estimado em 500 milhões de euros para o ano de 2020”, lê-se num comunicado divulgado pelo gabinete de Alberto do Mónaco. No mesmo documento lê-se ainda que “esse valor corresponde ao financiamento das medidas de apoio excecionais” que dizem ser “necessárias a favor para todos os participantes da economia monegasca”.

Enquanto “campo de férias” dos mais ricos do mundo, a economia do Mónaco depende bastante do negócio do luxo e do turismo, áreas que inevitavelmente serão afetadas pela crise mundial. “A gravidade da situação impõe rigorosa gestão financeira, acompanhada de esforços significativos para alcançar uma redução geral nos gastos do Estado”, lê-se. “Nesse contexto, o Soberano Príncipe decidiu reduzir os custos operacionais do Palácio com uma redução de 40% de sua dotação, que passa de 13,2 milhões de euros para oito”, lê-se

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A 19 de março deste ano, cinco dias após as celebrações do seu 62° aniversário, Alberto do Mónaco anunciou que havia sido diagnosticado com a doença. O soberano explicou que os sintomas eram leves e que continuava a trabalhar “em contacto permanente com membros de seu gabinete e do seu governo, bem como com seus colaboradores mais próximos”. Por essa altura também implorou aos seus súbditos que respeitassem “as medidas de confinamento” e que limitassem ao mínimo “o contacto com os vizinhos”. Tanto quanto se sabe, nem a sua mulher, Charlene, e os seus filhos, os príncipes Jacques e Gabriela, de cinco anos, foram infetados.