O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta sexta-feira, que vai decretar para o próximo fim de semana prolongado, que coincide com o feriado do 1º de Maio, a mesma norma que vigorou na Páscoa, a proibição das deslocações para fora dos concelhos de residência de forma a limitar a circulação (exceto por motivos profissionais, devendo para o efeito, as pessoas fazerem-se acompanhar por uma declaração da entidade empregadora). Essas restrições, esclareceu o chefe do Governo, vigorarão entre os dias 1 e 3 de maio.

“É fundamental compreender que todos os dias temos de manter o maior grau possível de contenção e isolamento para continuarmos a ter sucesso no controlo da pandemia. Este 1.º de Maio vai ser diferente para as centrais sindicais mas também depois, até haver uma vacina ou uma outra forma de tratamento eficaz, vamos ter de continuar a viver mais separados e isolados uns dos outros”.

António Costa reforçou, em declarações aos jornalistas, que apesar das medidas impostas para o período do estado de emergência (que termina às 24h00, do dia 2 de Maio), o governo tem “instrumentos legais” para continuar a “restringir a circulação” e promover o confinamento. “Ninguém pode ter a ideia de que o fim do estado de emergência significa o fim das regras de confinamento. Não. Muitas delas, aliás, já existiam até antes de ter sido decretado o estado de emergência”, explicou o primeiro-ministro. O estado de emergência, renovado já por duas vezes, foi pela primeira vez decretado a 18 de março.

Costa afirmou também que no próximo Conselho de Ministros, de 30 de abril, serão decididas as normas de desconfinamento para os setores de atividade e que entrarão em vigor de 15 em 15 dias. Ou seja, os setores vão abrir progressivamente, a 4 de maio, 18 de maio e 1 de junho. O primeiro-ministro sublinhou que o governo tem estado a trabalhar com os vários setores as condições para ir aliviando as regras de contenção, daí o encontro com a confederação do Comércio, que decorreu, esta sexta-feira, na residência oficial de São Bento. Uma reunião que serviu para testar “normas de higienização para que todos sintam segurança na ida aos estabelecimentos”.

Antes deste anúncio, o primeiro-ministro reuniu durante a manhã com o líder da comunidade islâmica em Portugal, e deixou uma palavra de “agradecimento” à comunidade islâmica pelo “empenho” e contributo que tem dado “para controlar esta pandemia”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR