O Hospital da Prelada, no Porto, revelou esta segunda-feira que vai retomar a 4 de maio as cirurgias “de baixo risco”, prevendo recomeçar as consultas de especialidade na segunda semana daquele mês, a uma média de 90 por dia.

Em comunicado, a instituição esclarece que a “retoma da atividade” após a paragem devido à pandemia de Covid-19 começa a 4 de maio com “a realização de cirurgias de ambulatório e procedimentos de baixo risco, convocando-se inicialmente todos os doentes cujas cirurgias foram adiadas”.

“Por dia, serão realizadas até 32 intervenções cirúrgicas”, adianta o hospital, esclarecendo que o fim da suspensão da atividade devido à Covid-19 será feito “de forma faseada, garantindo a segurança de todos: doentes e profissionais de saúde”.

“Na segunda semana de maio prevê-se a retoma das consultas de especialidade e, por dia, estima-se que serão realizadas até 90 consultas presenciais”, acrescenta.

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Quanto às cirurgias, no bloco operatório estarão em funcionamento quatro salas, “com equipas exclusivas para cada sala e número limitado de doentes”.

“As consultas de avaliação pré-operatória, essenciais para a atividade cirúrgica, terão igualmente número limitado de doentes”, observa.

O hospital alerta que “todas estas medidas são dinâmicas e serão atualizadas de acordo com a evolução do estado epidemiológico em Portugal”.

A instituição recorda que “a ativação do plano de contingência Covid-19 levou à tomada de medidas excecionais para fazer frente a uma situação de exceção”, pelo que “a atividade programada foi suspensa em meados de março”.

Entretanto, refere, “foi criado um novo serviço de vídeoconsulta, assegurando a continuidade dos cuidados dos doentes, mesmo à distância”.

Em Portugal, morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infetadas, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo já anunciou a proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 1 a 3 de maio.