O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, admitiu esta segunda-feira “dificuldades” no acesso aos meios de transporte público nestes primeiros dias após o fim do estado de emergência, concretamente no que diz respeito aos comboios suburbanos, que têm habitualmente mais lotação. Não será fácil reforçar a oferta com mais comboios, desde logo “porque não os temos“.
Em declarações aos jornalistas, o ministro comentou que “no caso dos comboios, no caso dos suburbanos, o controlo da lotação é mais difícil”. “Há uma dimensão de responsabilidade individual que nós queremos que as pessoas incorporem, para garantir que o comboio não está sobrelotado, que não entram num comboio já muito cheio e que usam sempre a máscara não só no comboio mas na estação”, reforçou.
Sobre um eventual reforço da oferta de comboios, Pedro Nuno Santos disse o seguinte: “Vamos monitorizando a utilização dos nossos comboios, mas nas linhas onde já temos alguns problemas é praticamente impossível reforçarmos a oferta porque temos o canal nas horas de ponta cheio – ou seja, temos dificuldade em conseguir injetar mais comboios nas horas de ponta. E, por isso, vamos ter de lidar com esta dificuldade”.
Pedro Nuno Santos reconhece que “as pessoas vão regressar ao trabalho, vão querer usar o comboio, a oferta está reposta – estamos a fazer um grande trabalho para assegurar o mínimo de problemas para os nossos comboios, supressões… mas esses riscos existem”.
E, depois, temos a linha de Sintra e a linha de Cascais – sobretudo a de Sintra – são linhas habitualmente muito frequentadas em termos normais, com lotações muito elevadas. E é muito difícil metermos mais comboios, não só porque não os temos – essa é uma dificuldade muito conhecida – mas porque a capacidade da infraestrutura não consegue receber mais comboios”.
O ministro acrescentou que, neste primeiro dia de regresso, “as normas de higienização que fomos adquirindo são mais essenciais do que nunca” e “a máscara é fundamental para nos protegermos a nós e protegermos os outros”. “É fundamental que todos a usem e caso não usem obviamente esperemos que as coimas sejam aplicadas porque temos todos de ser responsáveis para connosco e com os outros”, atirou.