O Mundial de Fórmula 1 poderá ter este ano a realização de Grandes Prémios em circuitos não inscritos no calendário inicial, revelou esta quinta-feira o responsável de atividades para o setor da Liberty Media.
Segundo Chase Carey, a ideia é tentar substituir os GP anulados por causa da pandemia de Covid-19, completando-se assim um calendário que já deveria ter começado, mas nem uma só prova teve.
Em conferência telefónica, à margem da apresentação dos resultados do primeiro trimestre do grupo norte-americano Liberty Media, Carey não revelou, no entanto, que circuitos poderão ser escolhidos, sendo que entre os qualificados para poder receber a F1 está o de Portimão.
A época deveria ter começado a 15 de março, na Austrália, e contar com um número recorde de 22 provas.
“Temos dois desafios principais – identificar os locais onde poderemos organizar as corridas e determinar como podemos transportar o pessoal necessário e os equipamentos“, disse Carey. “Estamos em negociação com todos os promotores e com alguns circuitos que não estão no calendário, para examinar todas as opções”.
A época começa a 4/5 de julho na Áustria, no Red Bull Ring, circuito que poderá ter corrida de novo no fim de semana seguinte.
“Vamos finalizar um calendário de provas suplementar na Europa até o início de setembro. Depois, devemos ir para a Ásia e para o continente americano, antes de finalizar no Golfo, com Bahrein e Abu Dabi, em dezembro. Devemos conseguir um calendário com 15 a 18 corridas”, adiantou.
As primeiras provas são para ser disputadas sem espetadores, mas mais tarde no ano a ideia é mudar e ter assistência no local.
“Trabalhamos com a Federação Internacional do Automóvel, autoridades locais e peritos para determinar as medidas de segurança para pessoas trabalhem e estejam alojadas de forma segura”, sublinhou.
A Liberty Media anunciou uma quebra de 84 por cento no volume de negócios da atividade ligada à F1 no primeiro trimestre.
A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.