Não é ainda certo como nem quando vão reabrir as praias, mas já várias autarquias e entidades, como o Turismo de Portugal, avançaram com diversas propostas. Segundo o Expresso, em cima da mesa estão medidas como a delimitação de zonas de segurança com cordas, a instalação de sensores nos acessos de forma a controlar as entradas no areal, o uso de drones para monitorizar os banhistas, tempos máximos para permanecer no local — de forma a garantir rotatividade — ou içar “bandeiras de carga” para avisar os visitantes sobre a afluência de cada praia.

O Expresso adianta ainda que as Forças Armadas preparam um plano de ação que prevê o reforço de fuzileiros, artilheiros e outros militares para sensibilizar os banhistas no areal.

Praias vão ter limite máximo de banhistas para cumprir distanciamento social

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Algumas destas medidas fazem parte de um documento elaborado, em abril, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), após reuniões com representantes das comunidades intermunicipais (CIM), da Federação de Concessionários, da Autoridade Marítima, do Turismo de Portugal, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e autarcas. A APA prepara agora um manual com regras a aplicar nas praias.

Segundo já tinha dito o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, uma vez que em causa estão mais de 50 propostas, esse manual só deverá estar concluído “no final da próxima semana”. “Conversámos com um número muito alargado, 86 autarquias, com as associações de apoios de praia, com as entidades que fazem a fiscalização”, disse João Matos Fernandes. As medidas terão ainda de ter em conta as conclusões de estudos sobre quanto tempo resiste o vírus no areal ou a distância de segurança necessária na areia ou na água.

Uma das ideias apresentadas por alguns autarcas do Algarve, revela a edição deste sábado do Público, é a contratação de segurança privada para reforçar a vigilância dos areais. “Algumas câmaras estão disponíveis para contratar vigilantes que, em articulação com as capitanias, possam assegurar o cumprimento das normas a definir pela DGS”, explicou António Pina, presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal). Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, anuiu, explicou que o assunto ainda “não está fechado” e avançou que os vigilantes privados “terão um papel apenas dissuasor, cabendo, naturalmente, o policiamento à Autoridade Marítima”.

Catarina Gonçalves, coordenadora nacional do programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), já tinha adiantado que estava a ser criado um manual com a APA e que este estaria pronto “na primeira semana de maio”, o que não aconteceu. A responsável disse, na altura, que haveria uma lotação máxima nas praias, de acordo com “as recomendações” da DGS, nomeadamente, “do que é o espaço seguro para as sombras e para os chapéus de sol” e o distanciamento entre as pessoas.

“Questões mais práticas que têm que ver com a higienização dos espaços, a utilização de máscaras, a própria utilização de esplanadas e bares – saber se é passível de ser feita ou não e em que condições se for feita –, os passadiços, os chuveiros, as gaivotas, os escorregas, as espreguiçadeiras, tudo isso terá que ter procedimentos de higiene, obviamente muito mais apertados”, realçou à Lusa.

Artigo atualizado sábado às 9h20, com a informação sobre a possível contratação de vigilantes privados pelas autarquias do Algarve