O Samsung Galaxy S20 Ultra 5G é, atualmente, o topo de gama da marca sul-coreana. Não tem ecrã dobrável ou câmaras amovíveis. A característica deste modelo é ser potente — ultra, como diz o nome. Anunciado poucos antes de o novo coronavírus ter-se tornado numa pandemia mundial, fez parte do último grande lançamento de telemóveis antes de eventos como o Mobile World Congress (MWC), onde a maioria das empresas deste setor apresentam muitas novidades, ter sido cancelado. Também por causa disso, grandes anúncios ficaram suspensos ou não tiveram tanta visibilidade. Mesmo assim, este smartphone mostra a atual liderança da Samsung, como revelou a IDC, neste mercado.

Samsung S20 Ultra 5G

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A favor

  • Bateria
  • Potência
  • Qualidade de imagem do ecrã
  • Câmara

Contra

  • Não tem entrada para auriculares tradicionais
  • Preço

Este smartphone, como diz o nome, vem já preparado para as futuras redes 5G e tem outras especificações de ponta: câmara de 108 megapíxeis com zoom digital até 100x e um lente grande angular para tudo o que há para ver; um ecrã de 6,9 polegadas AMOLED com imagens ultra nítidas até 120Hz (significa que é mesmo muito boa resolução); 12GB de memória RAM e 128GB de memória interna (e possibilidade de expansão para até mais 1 Terabyte); e um processador Exynos 990 de 7n (é dos mais avançados). Só estas especificações mostram a potência deste smartphone, e estamos a deixar de parte a resistência IP68 e outros pormenores expectáveis como o sensor de impressão digital embutido no ecrã. Contudo, por causa disto tudo, também tem um preço a condizer: 1.379 euros.

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Este pode já não ser um dos telemóveis mais caros no mercado, desde que começaram a aparecer os modelos com ecrã dobrável, mas não deixa de ser um valor avultado. Mesmo assim, para quem quiser estas especificações, o campeonato de preços vai ser este. E não é por isso que o deixamos de analisar. Em Gifs, obviamente.

Um smartphone (mesmo) caro, mas potente

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Falámos da potência e isso é difícil mostra num gif. Contudo, podemos afirmar que todas as aplicações que utilizámos com este smartphone funcionaram sem problemas e até surpreenderam pela rapidez. Não é só na qualidade de imagem que este telemóvel brilha, é no continuar a mostrar que os modelos mais potentes estão à altura de muitos computadores. O mais complicado é competir com a interface de portáteis, mas mesmo assim, também há cabos e periféricos extra que se podem ligar a estes para resolver isso.

Com este modelo, a Samsung mostra à concorrência direta, em especial à Apple, Huawei e Xiaomi, que consegue ter topos de gama mais do que competentes para todas as tarefas (nos últimos anos nem sempre tem sido assim). Tudo isto a fazer valer o máximo da tecnologia AMOLED, que é da própria empresa e com uma câmara que funciona sem soluços devido a esta potência. Isto já preparado para as redes 5G que, mesmo não estando ainda disponíveis em Portugal, já há noutros países.

Um design que não é inovador mas que continua a ser bastante prático

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Sim, este smartphone é igual a tantos outros. Mesmo no ecrã frontal já não há novidade na câmara estar inserida no visor. Contudo, tirando os ecrãs dobráveis, não há muito de diferente no mercado atualmente. O design continua a ser semelhante ao resto da gama de smartphones da marca e está aliado a uma bateria de cinco mil miliampéres que permite não andar com um carregador atrás e puxar ao máximo este smartphone.

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Quanto ao design, contudo, há dois pontos a salientar. Primeiros, por mais resistente que o smartphone seja, principalmente pela saliência na parte traseira para a câmara fotográfica, vai sempre precisar de uma capa e proteção de ecrã. Facilmente ficou com dedadas e deslizou mais do que devia das mãos devido ao tamanho. Segundo, e apesar de o equipamento ter incluído um auriculares com fios com entrada USB-C, não há entrada para auriculares tradicionais. Já não é comum nestes modelos, é verdade, e há acessórios para este encaixe. No entanto, para um topo de gama que tem tudo, esta é uma das características que quando existe ainda continua a fazer-se valer.

Uma câmara para fazer zoom a tudo

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A saliência na parte traseira deste S20 Ultra existe por uma razão: para o zoom ótico e digital. Ao todo, são quatro lentes para se capturar fotografias e este smartphone consegue fazê-lo. Não vamos entrar em comparações com outros modelos (nestas gamas já começa a ser praticamente irrelevante, sejamos práticos). Não compreendemos ainda a necessidade de se poder filmar em 8K quando o 4K ainda não está tão implementado, mas este telemóvel também o consegue fazer. Porquê? É como diz o nome, ultra. As fotografias em modo escuro estão também melhoradas em relação aos modelos anteriores e a câmara para selfies, ou câmara frontal, é bastante superior às frontais de muitos modelos de média gama.

Veredicto final: o telemóvel para quem quer mesmo algo ultra

Vamos ser práticos. Quando as tarefas mais exigentes num smartphone podem ser feitos num computador passamos para um computador, nem que seja pela interface. Agora, quem faz tudo no ecrã tátil, não quer esperar por um novo modelo do Samsung Note, quer uma máquina ultra competente com uma câmara de topo, neste momento este é o telemóvel no mercado para tudo isso. Contudo, é impossível não deixar de olhar para o preço. É o que é, não há muita comparação na concorrência que utiliza o sistema operativo Android, mas custa. Este ano a Samsung optou por melhorar as novidades que estas empresas têm vindo a apresentar nos últimos anos e não há uma inovação a destacar.

Este é o smartphone claramente para quem o plafond pode não ser grande problema e quer um telemóvel capaz de tudo o que fazem atualmente (menos dobrar o ecrã). Vai estar a pagar-se por 5G e filmes em 8K, que são coisa que ainda parecem futuro, mas ao menos estão incluídas. Ficamos é curioso para, quando chegarmos verdadeiramente a esse pleno futuro, como é que este telemóvel vai continuar a concorrer com os existentes.