O grupo Galaxy Entertainment, que opera casinos em Macau, apresentou esta quarta-feira uma quebra de 93% nos seus resultados do primeiro trimestre do ano, devido ao impacto económico causado pela pandemia da Covid-19.

O operador de jogo com seis casinos em Macau apresentou 283 milhões de dólares (261 milhões de euros) de EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações), nos primeiros três meses do ano, uma quebra de 93% face ao período homólogo de 2019.

No comunicado divulgado esta quarta-feira, o grupo Galaxy Entertainment indicou ainda ter registado uma receita líquida de 5,1 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) no primeiro trimestre, uma queda homóloga de 61%.

“O primeiro trimestre de 2020 foi um período muito difícil para a comunidade e para as empresas em todo o mundo devido à pandemia da Covid-19”, admitiu o presidente executivo do grupo, Lui Che Woo, acrescentando que, apesar de tudo, a empresa continua “bem capitalizada”.

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Estamos a fazer o possível para ajustar as nossas operações ao atual ambiente de negócios e controlo efetivamente dos custos”, apontou, admitindo ser difícil quantificar a totalidade do impacto financeiro durante este ano devido à Covid-19.

Capital mundial do jogo, Macau é o único local na China onde o jogo em casino é legal. Operam no território seis concessionárias: Sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata Stanley Ho, Galaxy, Venetian (Sands China), Melco Resorts, Wynn e MGM.

As receitas do jogo em Macau caíram em abril 96,8%, em relação a igual período de 2019, numa altura em que a capital mundial dos casinos tem as fronteiras praticamente encerradas para conter o surto da Covid-19.

Se em abril de 2019 as operadoras que exploram o jogo no antigo território administrado por Portugal tinham arrecadado 23,58 mil milhões de patacas (2,70 mil milhões de euros), agora a receita bruta mensal ficou-se pelos 754 milhões de patacas (cerca de 86 milhões de euros).

Com os vistos turísticos da China para Macau suspensos, o número de visitantes provenientes do interior da China caiu em março tendo baixado 96,3%, em termos anuais, segundo os últimos dados oficiais.

No primeiro trimestre de 2020 chegaram ao território 3.219.170 visitantes, menos 68,9%, relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior.

As autoridades de Macau indicaram que hoje se cumprem 35 dias sem novos casos confirmados da Covid-19 e do total de 45 infetados desde que o surto começou apenas dois continuam em tratamento.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.