As escolas fecharam, as pessoas ficaram presas em casa e presos foram soltos, empresas faliram, morreram pessoas, na rua anda-se de máscara e já ninguém se beija ou abraça. Tudo em três meses, tudo devido à pandemia de covid-19.

Os primeiros casos do novo coronavírus foram anunciados no fim do ano, na China, e mais de dois meses para Portugal anunciar os primeiros infetados. Em 16 de março era anunciado a primeira morte devido à covid-19. Agora são quase 1.500.

Estes são os principais momentos dos três meses que mudaram a vida dos portugueses.

Março: dos primeiros casos ao estado de emergência

2 março: A ministra da Saúde anuncia os dois primeiros casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus. Países como a Espanha ou a Itália já tinham muitos registos de infeção e deslocações àqueles países de portugueses nas férias do carnaval foram algumas das formas de o vírus chegar a Portugal. Segundo um despacho do Governo, os funcionários públicos vão ser colocados em teletrabalho ou isolamento profilático sem perda de salário.

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3 março: O Governo ativa a Comissão Nacional de Proteção Civil, que passa a funcionar em permanência. O número de casos confirmados passa para quatro. Os Hospitais São João e Santo António, no Porto, esgotam capacidade de resposta a casos suspeitos, novas unidades são ativadas.

4 março: O número de infetados em Portugal sobe para seis. A Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, suspende aulas por ter havido contactos com o quinto infetado. O primeiro-ministro anuncia uma linha de crédito para apoio de tesouraria a empresas afetadas pelo impacto económico do novo coronavírus no valor inicial de 100 milhões de euros.

5 março: Portugal regista mais três casos de pessoas infetadas, elevando para nove o número total, com doentes internados em Lisboa, Porto e Coimbra. A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) é adiada para o final de maio, mas nem nessa data se realiza. É o primeiro caso de centenas de outros semelhantes. Aos poucos, nos meses seguintes, serão anunciados adiamentos e cancelamentos de eventos, de desportivos a culturais, incluindo todos os festivais de música do verão. A TAP anuncia que vai cancelar mais de mil voos e março e abril, cancela e suspende investimentos e coloca funcionários em licenças sem vencimento. Três meses depois está lentamente a começar alguns voos.

6 março: Sobe para 13 o número de infetados. A Associação de Futebol do Porto anuncia o adiamento de três jogos. As notícias sobre cancelamentos e adiamentos de iniciativas relacionadas com desporto sucedem-se.

7 março: Portugal regista 21 casos de infeção. O Presidente da República reduz parte da agenda por causa do coronavírus e visita o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, onde há mais doentes internados. As visitas a hospitais, lares e estabelecimentos prisionais da região Norte são suspensas temporariamente, anuncia a ministra da Saúde, recomendando também o adiamento de eventos sociais. Algumas escolas da região norte são encerradas.

8 março: A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga Portuguesa de Futebol (LPFP) suspendem o cumprimento inicial entre os jogadores e as equipas de arbitragem. A Direção-Geral da Saúde (DGS) anuncia o encerramento de todas as escolas e a suspensão de atividades em todos os estabelecimentos de lazer ou culturais dos concelhos de Lousada e Felgueiras, no distrito do Porto.

O Presidente da República suspende a agenda por duas semanas e fica em casa sob monitorização, depois de ter estado com uma turma de uma escola de Felgueiras, que foi encerrada. É anunciado que as visitas a estabelecimentos prisionais durante o fim de semana vão ser suspensas em todo o país a partir do dia seguinte, ficando limitadas durante a semana a dois visitantes por recluso. Em Portugal registam-se 30 casos confirmados de infeção.

9 março: São anunciados em catadupa adiamentos e cancelamentos de iniciativas diversas (de feiras e festas locais a congressos e grandes eventos), são encerrados ou condicionados os acessos a alguns serviços públicos e condicionadas visitas a hospitais, e escolas de norte a sul anunciam a suspensão das aulas presenciais, incluindo universidades.

No Algarve são canceladas 60% das reservas dos hotéis para os próximos meses, anuncia a principal associação do setor, com os cancelamentos a aumentarem nos meses seguintes, em todo o país, e o turismo a reduzir-se a quase zero. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anuncia a suspensão de todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas pela covid-19 em Itália e recomenda a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas ou em espaços fechados com mais de mil. Portugal tem 39 casos de infeções.

10 março: O número de infetados sobe para 41. O primeiro-ministro, António Costa, admite o encerramento das escolas. O Governo suspende todos os voos para todas as regiões de Itália.

11 março: O número de infeções em Portugal passa para 59, quando em Genebra a Organização Mundial de Saúde declara a doença covid-19 como pandemia. O Conselho Superior da Magistratura determina que os tribunais de 1.ª instância só possam realizar atos processuais e diligências relacionadas com direitos fundamentais. Diversas modalidades desportivas (como por exemplo a Federação Portuguesa de Voleibol ou a de Basquetebol) suspendem todas as competições.

12 março: O número de infeções em Portugal sobe para 78. O Governo decide que todas as escolas de todos os graus de ensino suspendem as atividades presenciais, medida que será reavaliada a 9 de abril. António Costa anuncia também o encerramento de discotecas, a redução da lotação máxima dos restaurantes, a limitação de pessoas em centros comerciais e serviços públicos e a proibição de desembarque de passageiros de cruzeiros. A Federação Portuguesa de Futebol anuncia a suspensão das competições nacionais de futebol e futsal que organiza. Os jogos de futebol da I e II Liga são suspensos por tempo indeterminado.

13 março: O número de infeções sobe para 112. O Presidente da República promulga o diploma do Governo com medidas extraordinárias e avisa que a pandemia “pode ser mais grave e duradoura”, exortando os portugueses a mobilizarem-se. Os funcionários públicos são instados a ficar em casa em regime de teletrabalho. A Conferência Episcopal Portuguesa suspende as missas, catequeses e outros atos de culto. Os Açores entram em estado de alerta.

14 março:O número de casos em Portugal sobe para 169, com a ministra da Saúde a avisar que o país entrou “numa fase de crescimento exponencial da epidemia”. O Governo decreta que os bares vão ter de encerrar a partir das 21h, todos os dias.

15 março: O número de casos de infeção por covid-19 chega a 245. Há nove pessoas nos cuidados intensivos e mais de uma centena de doentes está a recuperar em casa. Marcelo Rebelo de Sousa anuncia que convocou o Conselho de Estado para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência. Portugal e Espanha decidem limitar a circulação na fronteira terrestre comum a mercadorias e trabalhadores transfronteiriços.

A Direção-Geral do Património Cultural revela que todos os museus, monumentos e palácios nacionais estão encerrados. A Autoridade Marítima Nacional interdita todas as atividades desportivas ou de lazer que juntem pessoas nas praias do continente. O Governo proíbe o consumo de bebidas alcoólicas na via pública e a realização de eventos com mais de 100 pessoas.

16 março: O número de infetados sobe para 331, no dia em que é anunciada por Marta Temido a primeira morte no país, um homem de 80 anos que tinha várias patologias associadas. O tráfego aéreo entre Portugal e Espanha é suspenso bem como as ligações ferroviárias e as duas ligações fluviais. O presidente do Governo dos Açores anuncia o encerramento a partir de terça-feira dos serviços não essenciais.

17 março: O número de infetados sobe para 448. É anunciado que o SNS foi reforçado com mais 1.800 médicos e 900 enfermeiros e que há 30 profissionais de saúde infetados, 18 dos quais médicos. É também revelado o nascimento do primeiro bebé filho de uma mulher infetada. O bebé não foi infetado. O Governo Regional da Madeira anuncia o primeiro caso na região. O município de Ovar fica sujeito a “quarentena geográfica” e o Governo declara o estado de calamidade pública para o concelho. António Costa anuncia a suspensão das ligações aéreas de fora e para fora da União Europeia.

18 março: O Presidente da República decreta o estado de emergência por 15 dias, depois de ouvido o Conselho de Estado e de ter obtido o parecer positivo do Governo e da aprovação do decreto pela Assembleia da República. O estado de emergência contempla o confinamento obrigatório e restrições à circulação na via pública. A desobediência é crime e pode levar à prisão. São anunciadas linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas de 3.000 milhões de euros. O número de infetados sobe para 642 e regista-se uma segunda morte. O Alentejo tem os primeiros dois casos.

19 março: O número de vítimas mortais sobe para três em Portugal, com os casos confirmados a ascenderem a 785. Graça Freitas anuncia que quem apresentar sintomas ligeiros ou moderados da doença é seguido a partir de casa. O primeiro-ministro revela, após a reunião do Conselho de Ministros, as medidas e regras para cumprir o estado de emergência. A regra é que os estabelecimentos com atendimento público devem encerrar e o teletrabalho é generalizado. A proposta de lei do Governo com as medidas excecionais é de imediato promulgada pelo Presidente da República.

O Governo dos Açores determina a suspensão das ligações aéreas da transportadora SATA entre todas as ilhas e a TAP anuncia que vai reduzir a operação até 19 de abril, prevendo cumprir 15 dos cerca de 90 destinos.

20 março: Com o país recolhido começam a destacar-se respostas da sociedade civil e das autarquias para fazer face à pandemia, anunciam-se ações de solidariedade para com os mais necessitados. O Governo reúne-se em Conselho de Ministros e são anunciados adiamentos no pagamento de impostos. As celebrações religiosas, como funerais, e outros eventos que impliquem concentração de pessoas são proibidos. Portugal tem seis vítimas mortais e 1.020 casos confirmados.

21 março: o número de mortes sobe para 12, o dobro do dia anterior, e os infetados são 1.280. Com o país em casa surgem as primeiras notícias de infeções em lares. Na Casa de Saúde da Idanha, em Belas, arredores de Lisboa, 10 utentes estão infetados. Um lar em Vila Nova de Famalicão fica sem funcionários depois de oito terem dado positivo ao covid-19.

22 março: O número de mortes associadas à covid-19 sobe para 14 e o de infetados para 1.600 (mais 320). Num domingo de sol muitas pessoas saem à rua e na Póvoa de Varzim a polícia é chamada devido ao “desrespeito ao estado de emergência” (multidão a passear). São detidas sete pessoas no país por crime de desobediência. As autoridades iniciam o repatriamento de mais de 1.300 passageiros que chegam a Lisboa num navio de cruzeiro (entre eles estão 27 portugueses).

23 março: Portugal tem 23 mortes e 2.600 infeções. As queixas sobre a falta de equipamentos para quem mais necessita, como profissionais de saúde ou de segurança, começam a surgir. O Governo anuncia que o Estado vai comprar à China equipamentos de proteção e que espera quatro milhões de máscaras. É criada uma linha de apoio de emergência de um milhão de euros para artistas e entidades culturais e reforçados com 50 milhões de euros os acordos de cooperação com o setor social (responsável pelos lares de idosos ou centros de dia).

24 março: O número de mortes sobe para 33 e o número de infeções passa a 2.362. Em Vila Real, o presidente da Câmara alerta para a existência de 20 utentes e funcionários de um lar infetados com covid-19.

25 março: Portugal regista mais 10 mortes chegando às 43, quando são contabilizadas 2.995 infeções. O secretário de Estado da Saúde diz que o sistema tem capacidade de fazer 8.600 testes diários. A questão de se fazer mais testes ou não divide opiniões. A Câmara de Melgaço implementa um cerco sanitário na aldeia de Parada do Monte, com 370 habitantes, após confirmação de três casos de infeção.

26 março:3.544 infeções e morreram 60 pessoas. Há doentes a ser tratados com medicamentos da malária e do ébola, ainda que sem certezas, diz Graça Freitas. O Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto caia este ano 3,7% num cenário base e 5,7% num cenário adverso, devido à pandemia. A taxa de desemprego deve subir acima dos 10%. É aprovada pelo Governo a suspensão até setembro do pagamento dos créditos à habitação e de créditos de empresas.

27 março: No lar da Nossa Senhora das Dores, em Vila Real, são agora 88 os infetados, entre os quais 68 utentes. Em Portugal o número de mortes chega a 76 e o número de infetados sobe para 4.268. No Algarve, quando se aproxima o período da Páscoa, que costuma encher os hotéis, a associação empresarial do setor diz que a hotelaria está praticamente encerrada.

28 março: O número de mortes ascende à centena e os infetados são 5.170. É publicada uma retificação do diploma inicial do lay-off simplificado, acautelando que nenhum trabalhador de empresas que recorram e esse apoio pode ser despedido.

29 março: Portugal contabiliza 119 mortes e 5.962 casos de infeções. As notícias sobre infeções em lares continuam, como em Foz Coa, Guarda, onde o lar tem 47 infetados num universo de 62 idosos, segundo o provedor. Nos Açores, o concelho de Povoação, na ilha de S. Miguel, é também submetido a um cordão sanitário. Surgem notícias, através de sindicatos, de que há pelo menos um guarda prisional infetado do estabelecimento de Custoias e de uma auxiliar de ação médica no hospital prisional de Caxias.

30 março: Os números da DGS indicam que há 140 mortes e 6.408 infetados. A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, diz que a segurança social recebeu 1.400 pedidos de empresas que pretendem aderir ao ‘lay-off’ simplificado.

31 março: Portugal tem 7.443 casos confirmados e 160 mortes. O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, admite nacionalizações e diz que seria “um erro trágico” reagir com medidas de austeridade à crise provocada pela pandemia, defendendo antes o apoio ao crescimento da economia. A TAP avança para um processo de ‘lay-off’ para 90% dos trabalhadores. O Governo dos Açores prolonga a situação de contingência no arquipélago até 30 de abril.

Abril: renovação do estado de emergência

1 abril: Portugal regista 187 mortes e 8.251 infetados. O Presidente da República propõe ao parlamento a renovação do estado de emergência por mais 15 dias, clarificando questões como o direito de resistência e abrangendo a área da educação, prevendo aulas à distância, além de outras propostas. Os parlamentos regionais concordam. O Governo dá parecer favorável à proposta.

2 abril: A Assembleia da República aprova o decreto do Presidente da República que prolonga o estado de emergência até ao final do dia 17 de abril. Entre as novas medidas aprovadas pelo Governo está a proibição de deslocações para fora do concelho de residência no período da Páscoa, entre 9 e 13 de abril (só com declaração do empregador), e o encerramento de todos os aeroportos no mesmo período a voos de passageiros. O Governo anuncia também que vai propor um perdão parcial de penas até dois anos para crimes menos graves, e agilização de indultos presidenciais, para evitar propagação do vírus nas cadeias. O Governo dos Açores fixa cercas sanitárias nos seis concelhos da ilha de S. Miguel.

3 abril: Portugal tem mais 37 mortes e chega às 246 vítimas de covid-19. Há mais 852 infetados, 9.886 ao todo, segundo números oficiais. O primeiro-ministro aponta 4 de maio como a data limite para um recomeço das aulas presenciais que assegure o cumprimento com normalidade do calendário escolar. Nos primeiros 15 dias do estado de emergência foram detidas 15 pessoas, anuncia o Governo.

4 abril: Portugal tem 266 mortes associadas à covid-19 e 10.524 infetados.

5 abril: Portugal regista 295 mortes associadas à covid-19 e 11.278 infetados. A ministra da Saúde diz que há 1.332 profissionais de saúde infetados, 231 dos quais médicos e 339 enfermeiros. Marta Temido admite uma crescente pressão nos hospitais por causa da covid-19.

6 abril: Portugal tem já 311 mortes e 11.730 infetados. Desde 1 de março já foram feitos 110 mil testes de diagnóstico à doença, diz o secretário de Estado da Saúde. A NAV Portugal anuncia que geriu menos 24,3 mil voos em março, uma quebra de 36% face ao mesmo mês de 2019. O Santuário de Fátima declara que a Peregrinação Internacional Aniversária de maio será celebrada sem a presença física de peregrinos.

7 abril: Portugal tem 345 mortos e 12.442 infetados.

8 abril: Portugal regista 380 mortos associados à covid-19 e 13.141 infetados. A diretora-geral da Saúde admite que os dados mais recentes sobre o número de novas infeções possam traduzir uma estabilização da curva epidemiológica, mas alerta que isso não pode justificar abrandamento de medidas. A proposta do Governo que cria um regime excecional para as prisões devido à pandemia de covid-19 é aprovada no parlamento.

09 abril: Portugal tem 409 mortos e 13.956 infetados. O primeiro ministro anuncia que até ao 9.º ano todo o terceiro período prosseguirá com ensino à distância, com avaliação, mas sem provas de aferição nem exames, mantendo-se os apoios às famílias com filhos menores de 12 anos. O Presidente da República promulga a lei do Governo que cria um regime excecional de perdão de penas devido à covid-19, menos de 24 horas depois de ter sido aprovada no parlamento.

10 abril: O Presidente da República anuncia que vai renovar o estado de emergência até 1 de maio. Portugal regista 435 mortos e 15.472 infetados. O Governo anuncia que as aulas para os alunos do ensino básico, transmitidas na RTP Memória durante o terceiro período, começam no dia 20 e vão ter apenas 30 minutos cada disciplina, incluindo educação física e artística.

11 abril: Portugal regista 470 mortos e 15.987 infetados. A lei sobre as prisões entra em vigor. São libertados ao todo neste dia 289 reclusos ao abrigo da nova lei.

12 abril: Portugal tem 504 mortos e 16.585 infetados.

13 abril: Portugal regista 535 mortos e 16.934 infetados. O ministro das Finanças, Mário Centeno, diz que as estimativas do Governo apontam para uma queda de 6,5% do PIB anual por cada 30 dias úteis em que a economia esteja paralisada devido à covid-19. E admite a nacionalização da TAP. É anunciado que as fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha vão continuar encerradas, pelo menos até 15 de maio.

14 abril: Portugal tem 567 mortos e 17.448 infetados. O presidente da Câmara de Melgaço anuncia o levantamento do cerco sanitário em Parada do Monte, medida implementada a 25 de março para travar a propagação da covid-19 que atingiu nove pessoas na aldeia.

15 abril: Portugal atinge os 599 mortos e 18.091 infetados. São divulgados dados que indicam que o número de trabalhadores abrangidos pela medida de lay-off simplificado, lançada pelo Governo para responder à pandemia de covid-19, abrange mais de 930 mil. Quarenta e cinco dias depois de terem sido confirmadas as primeiras infeções por covid-19, e um mês após a primeira morte, Portugal tem 600 mortes confirmadas e quase 20 mil infetados.

16 abril: Marcelo Rebelo de Sousa propõe ao parlamento a segunda prorrogação do estado de emergência, para vigorar até 2 de maio. O parlamento aprova o decreto. Quando são anunciadas mais 30 mortes relacionadas com a covid-19 (629 ao todo) e mais 750 infetados (18.841 ao todo), há, diz o Governo, 2.131 profissionais de saúde infetados, entre eles 396 médicos e 566 enfermeiros. A “esmagadora maioria” dos corpos de bombeiros estão a 100%, diz também o executivo. Os Açores prolongam até 01 de maio as cercas sanitárias nos concelhos mais afetados da ilha de S. Miguel. Ao abrigo de novas normas excecionais começam a ser libertados reclusos, 29 neste dia.

17 abril: A cerca sanitária a Ovar, no Norte, é levantada. No país morrem mais 28 pessoas (657 ao todo) e há mais 181 infeções (19.022 no total). O Governo impõe limites na percentagem de lucro na comercialização de produtos como álcool e gel desinfetante, para evitar especulações.

18 abril: Portugal regista 687 mortes e 19.685 infetados, quando a taxa média de contágio é 0,91, indicam as autoridades. A ministra da Saúde diz que as consultas, cirurgias e demais atividade assistencial não urgente, suspensas em março, vão ser retomadas progressivamente no final da próxima semana. Na Madeira é anunciada uma cerca sanitária na freguesa de Câmara de Lobos. No segundo estado de emergência foram detidas 184 pessoas pelo crime de desobediência, de 03 a 17 de abril, diz o Ministério da Administração Interna.

19 abril: Quando Portugal tem 714 mortes associadas à covid-19 e 20.206 infetados um hostel de Lisboa com cerca de 200 pessoas é evacuado devido a um caso positivo do novo coronavírus.

20 abril: Arranca na RTP Memória as aulas para os alunos do ensino básico, o #EstudoEmCasa. Portugal tem 735 mortes e 20.863 infetados. A taxa de ocupação dos cuidados intensivos é de 54%, diz o secretário de Estado da Saúde. A Galp anuncia a suspensão da atividade da refinaria de Sines por não escoar os produtos. O Vaticano anuncia que a jornada mundial da juventude, em Portugal em 2022, passou para 2023.

21 abril: Portugal tem 762 mortes e 516 infetados. As autoridades de saúde indicam também que o Alentejo registou a primeira morte de uma pessoa.

22 abril: O número de mortes sobe para 785 e o de infetados para 21.982. António Costa anuncia que o Governo vai aprovar uma redução da taxa do IVA para máscaras e gel desinfetante.

23 abril: Portugal regista 820 mortes e 22.353 infetados. PS, PSD e BE anunciam que reduziram o número de deputados na sessão solene do 25 de abril na Assembleia da República, onde deverão estar 46 parlamentares. O presidente da companhia aérea de baixo custo Ryanair diz que a companhia não retomará os voos se for necessário deixar assentos vazios.

24 abril: António Costa anuncia que vai ser proibidas deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 1 a 3 de maio. O Governo diz pela primeira vez que pondera decretar a situação de calamidade pública a seguir ao fim do estado de emergência. Mais de metade dos trabalhadores de lares de idosos já foram testados e 10% estão infetados com covid-19, anuncia o ministro da Administração Interna. Portugal regista 854 mortes e 22.797 infeções.

25 abril: Um parlamento mais reduzido em termos de deputados e convidados faz um minuto de silêncio pelas vítimas da covid-19. Marcelo Rebelo de Sousa diz no hemiciclo que o 25 de Abril “é essencial e tinha de ser evocado”, que em tempos excecionais “importa evocar a independência, a República, a liberdade e a democracia”, e que seria “civicamente vergonhoso” o parlamento demitir-se de exercer todos os seus poderes.

Também António Costa lembra que sempre disse que o estado de emergência não suspende a democracia, numa alusão à controvérsia sobre assinalar da data no parlamento. No dia em que o secretário-geral da ONU, António Guterres, antigo primeiro-ministro, afirma a “enorme satisfação” pela forma como os portugueses estão a enfrentar a pandemia, Portugal tem 880 mortes e 23.392 infetados. O Governo diz que a medição da temperatura corporal dos trabalhadores é viável desde que não se guardem registos.

26 abril: A ministra da Saúde recomenda que os trabalhadores devem medir a temperatura duas vezes por dia. Portugal regista 903 mortes e 23.864 infetados.

27 abril: O número de mortes aumenta para 928 e o de infetados para 24.027 no total. A média diária de testes de diagnóstico na semana anterior está nos 12.800, diz o secretário de Estado da Saúde.

28 abril: O Presidente da República anuncia que o estado de emergência termina à meia noite de dia 02 de maio. Segundo um relatório do Governo os portugueses começaram a sair mais de casa durante o segundo período do estado de emergência (3 a 17 de abril). A direção dos serviços prisionais diz que foram libertados 1.867 reclusos ao abrigo do regime excecional devido à covid-19. Portugal tem 948 mortes e 24.322 infetados.

29 abril: Portugal regista 973 mortes e 24.505 infetados. O ministro das Infraestruturas diz que a TAP já não estava a ser bem gerida antes da pandemia.

30 abril: O Governo aprova em Conselho de Ministros um plano de transição do estado de emergência para uma situação de calamidade. Bibliotecas e arquivos vão abrir, seguindo-se museus, galerias e monumentos a 18 e maio. Continua o teletrabalho, os transportes públicos só circularão com dois terços da capacidade e com obrigatoriedade de máscaras, ajuntamentos e mais de 10 pessoas são proibidos e abrem com condições serviços públicos, tudo a partir de dia 4 de maio. No calendário de desconfinamento fica para 18 de maio a abertura de restaurantes e cafés e início das aulas presenciais no 11º e 12º ano. As creches podem começar a abrir nessa data. O Rali de Portugal é cancelado. É anunciado que a cerca sanitária em Câmara de Lobos, na Madeira, vai ser levantada. Portugal regista 989 mortes e 25.045 infetados.

Maio: o regresso a uma nova normalidade

1 maio: Centenas de pessoas juntam-se na Alameda, em Lisboa, para assinalar o Dia do Trabalhador, guardando distância entre elas e com máscaras e bandeiras. É anunciado pelo Governo um programa nacional de rastreio à covid-19 a 29 mil trabalhadores de mais de 2.000 creches. São publicados os diplomas sobre a situação de calamidade e o levantamento de medidas de confinamento. Portugal ultrapassa a barreira dos mil mortos (1.007) e 25.351 infetados.

2 maio: Termina o terceiro período do estado de emergência, que começou a 18 de abril. Foram detidas nesse período 136 pessoas por crime de desobediência. Cerca de 30 trabalhadores de uma empresa na Azambuja, Lisboa, estão infetados com covid-19, diz o presidente da Câmara. António Costa anuncia apoios para microempresas, especialmente do setor comercial e restauração. Portugal tem mais 1.023 mortes e 25.190 infetados.

3 maio: Começa a situação de calamidade, com aplicação faseada das medidas de desconfinamento, quando há 1.043 mortes e 25.282 infetados. O bispo de Leiria-Fátima diz que o 13 de maio será celebrado sem peregrinos no santuário, com o reitor do Santuário a pedir no dia seguinte que os peregrinos não se desloquem ao recinto, como é habitual noutros anos. A indústria portuguesa, é anunciado, está a produzir um milhão de máscaras por dia.

4 maio: No dia em que começam várias medidas de desconfinamento as máscaras passam a ser obrigatórias na Assembleia da República. Portugal regista 1.063 mortos e 25.524 infetados. Dados divulgados indicam que o mercado automóvel registou uma queda histórica de 84,6% em abril, face ao mesmo mês do ano passado. E que o número de empresas que pediram para aderir ao regime do ‘lay-off’ ultrapassou as 100 mil.

5 maio: Portugal regista 1.074 mortos e 25.702 infetados. O Governo anuncia que 130 mil imigrantes ficaram provisoriamente regularizados devido à pandemia. No mês de abril as centrais a carvão de Sines e Pego não produziram. Nunca tal tinha acontecido.

6 maio: O Governo anuncia mais apoios para sócios-gerentes com trabalhadores a cargo. A Comissão Europeia prevê para o país uma recessão de 6,8% e uma subida da taxa de desemprego para 9,7%. O número de mortes sobe para 1.089 (mais 15) e o de infetados para 26.182 (mais 480).

7 maio: O número de mortos sobe para 1.105 e o de infeções para 26.715. Nos últimos dois meses foram feitos mais de 490 mil testes e diagnóstico, diz o secretário de Estado da Saúde. O Governo anuncia a proibição de festivais de música e análogos até setembro.

8 maio: É anunciado que em março se inscreveram 52.999 pessoas nos centros de emprego. A maratona e meia maratona de Lisboa são adiadas para 2021. O acesso a peregrinos no Santuário de Fátima vai ser vedado com barreiras e forças de segurança, anuncia o Governo. Portugal regista 1.114 mortes e 27.268 infetados.

9 maio: O número de mortes relacionadas com a covid-19 ascende a 1.126 e o de infetados a 27.406. A curva de mortalidade revela uma “diminuição consistente” desde 15 de abril, diz a ministra da Saúde.

10 maio: Na contabilidade oficial da doença há 1.135 mortes e 27.581 infetados. Segundo a ministra da Saúde nos primeiros sete dias do mês foram registados 52 surtos de infeção em lares no Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Centro e 13 em empresas privadas.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) revela que os jogadores da I Liga vão fazer dois testes da covid-19 nas 48 horas antes de cada jogo e têm de manter o recolhimento domiciliário. Três jogadores do Vitória de Guimarães testam positivo, outros três do Famalicão e dois membros da estrutura do clube também, e ainda um jogador do Moreirense. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, diz que com um número elevado de casos é preciso equacionar a avaliação de risco.

11 maio: Portugal regista 1.144 mortes e 27.679 infeções. É anunciado que as visitas aos lares de idosos são retomadas a 18 de maio, com agendamento prévio e com limitações de pessoas.

12 maio: Os números indicam que há 1.163 mortes e 27.913 infetados. O secretário de Estado da Saúde diz que os profissionais de saúde podem voltar a gozar férias, tenso sido revogado o despacho de proibição. A Liga Portuguesa de Futebol, suspensa desde 12 de março, anuncia o regresso a 04 de junho.

13 maio: As tradicionais celebrações católicas em Fátima decorrem “à porta fechada”. Há mais 12 mortes (1.175 ao todo) e mais 219 pessoas infetadas (28.132 no total).

14 maio: As autoridades de saúde dizem que o desconfinamento não teve impacto na epidemia. O Presidente da República diz que o “desconfinamento muito contido” não permite ainda conclusões firmes. O número de mortes sobe para 1.184 e o de infetados para 28.319. Em testes serológicos a enfermeiros e assistentes operacionais dos hospitais de Santo António (Porto) e Santa Maria (Lisboa), detetou-se 10 vezes mais casos positivos do que se julgava, mas sem sintomas.

15 maio: O Governo reúne-se em Conselho de Ministros e faz uma avaliação positiva das primeiras duas semanas de desconfinamento. E prolonga a situação de calamidade até final do mês. Decide também que nas praias deve haver um distanciamento físico de 1,5 metros entre grupos e três metros entre chapéus de sol, a partir de 06 de junho.

Para o início da semana seguinte são aprovadas medidas como o retomar de visitas a lares, abertura de parques de campismo, serviços de restauração em estabelecimentos turísticos e alojamento local, recomeço de feiras e mercados, reabertura de escolas de condução e centros de inspeção automóvel, e reabertura de estádios e outros campos de jogos. Uso de máscaras nas escolas e transportes públicos é obrigatório a partir dos 10 anos. O país tem 1.190 mortes e 28.583 infetados.

No primeiro trimestre o PIB português caiu 2,4%, diz o INE. A NAV Portugal confirma o forte impacto da pandemia na aviação ao dizer que geriu 4.018 voos em abril, menos 94% face ao mesmo período do ano passado. Foram detidas 20 pessoas e 60 foram multadas nas duas semanas de situação de calamidade por não usarem máscaras nos transportes públicos.

16 maio: Portugal regista 1.203 mortes e 28.810 infeções. Ao contrário do que pedia em março o primeiro-ministro pede que os portugueses regressem às ruas, frequentando lojas, restaurantes e cafés, embora com cautelas.

17 maio: O total de mortes aumenta para 1.218 e o de infeções para 29.036.

18 maio: Portugal regista 1.231 mortes e 29.209 infetados.

19 maio: O secretário de Estado da Saúde diz que mais de 56% dos profissionais da rede nacional de cuidados continuados já foram testados à covid-19. O país regista 1.247 mortes e 29.432 infetados.

20 maio: Os números de desempregados continuam a aumentar em abril, 22,1% mais comparando com o mesmo mês do ano passado, diz o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Segundo a associação do setor o consumo de gasolina caiu em abril 61,3% e de gasóleo 44,6%, comparando com abril de 2019.Também devido à covid-19 a hotelaria no Algarve em abril teve uma taxa de ocupação média de 1%. A ministra da Saúde diz que cerca de 540 mil consultas de especialidades médicas e 51 mil cirurgias ficaram por fazer até abril. A DGS começa a aprovar estádios para receber jogos da I Liga. O país regista 1.263 mortes e 29.660 infetados.

21 maio: O parlamento aprova propostas de lei do Governo sobre o processo de desconfinamento. O Governo anuncia que os aviões deixam de ter lotação de passageiros reduzida a partir de 01 de junho, sendo obrigatório o uso de máscara. Portugal regista 1.277 mortes e 29.912 infetados.

22 maio: A Liga de Clubes anuncia que a I Liga de futebol começa a 03 de junho com um jogo entre o Portimonense e o Gil Vicente. Os jogos são à porta fechada. O Ministério da Educação diz que nove em cada dez alunos do ensino secundário voltaram esta semana a ter aulas presenciai e esteve presente a quase totalidade dos professores. O país regista 1.289 mortes e e o número de infetados ultrapassou os 30.000. São agora 30.200.

23 maio: Portugal tem 1.302 mortes e 30.471 infetados.

24 maio: Um lar de idosos no concelho de Abrantes é evacuado após confirmação de 15 casos de covid-19, diz a Proteção Civil de Santarém. Segundo o Banco de Portugal a restauração e o comércio a retalho perderam 354,4 milhões de euros e 316,3 milhões de euros em abril, face ao valor transacionado com cartão no mesmo mês de 2019. A TAP publica um plano de voos para os próximos meses. Os Açores anunciam que vão retomar gradualmente as ligações interilhas e a operação regular dos transportes marítimos. Portugal regista 1.316 mortes e 30.623 infetados.

25 maio: O Banco de Portugal confirma uma redução em abril “sem precedentes” na utilização de cheques e operações com cartão, devido ao estado de emergência. Segundo um inquérito da CIP mais de 40% das empresas querem suspender ou cancelar investimentos e 82% preveem recorrer a instrumentos de capitalização. Os pedidos das empresas a linhas de apoio lançadas pelo Governo chegam a 10,5 mil milhões de euros. Há 1.330 mortes e os infetados são 30.788.

26 maio: O Presidente da República promulga o diploma do parlamento sobre proibição de festivais e espetáculos de natureza análoga até 30 de setembro. As empresas de aviação de baixo custo Ryanair e Transavia anunciam datas para recomeçar voos que incluem Portugal. A ministra da Cultura anuncia que teatros, salas de espetáculos e cinemas podem reabrir a partir de 01 de julho, com restrições e com uso obrigatório de máscara. A pandemia teve um impacto de 680,2 milhões de euros nas contas das Administrações Públicas até abril, divulga a Direção-Geral do Orçamento. Há a assinalar 1.342 mortes e 31.007 infeções.

27 maio: Portugal regista 1.356 mortes 31.292 infeções. A Comissão Europeia apresenta uma proposta de recuperação económica de 750 mil milhões de euros, que Portugal elogia. O primeiro-ministro critica o plano de rotas de abertura da TAP. A empresa diz que vai “ajustar” o plano.

28 maio: O Presidente da República diz ver como favorável a evolução da pandemia mas afirma-se preocupado com a situação da região de Lisboa, onde tem crescido o número de infetados. O Governo admite por isso adiar na região de Lisboa e Vale do Tejo a aplicação de medidas previstas na terceira fase de desconfinamento. No Seixal, no bairro Jamaica, as autoridades de saúde preparam o encerramento de cafés para conter um surto. Portugal tem hoje 1.369 mortes e 31.596 infetados. A Azores Airlines, do grupo SATA, anuncia que retoma a 15 de junho as ligações aéreas entre Lisboa e Ponta Delgada e Lisboa e Terceira, bem como entre o Funchal e Ponta Delgada.

29 maio: O Governo aprova, em conselho de ministros, a terceira fase do plano de desconfinamento, com restrições e regras especiais para a área de Lisboa, devido ao aumento de casos de covid-19. O primeiro ministro faz no final da reunião uma avaliação positiva do desconfinamento mas diz que é motivo de preocupação a Área Metropolitana de Lisboa. Para a região da capital continuam limitações a ajuntamentos (não mais de 10 pessoas), a lotações de veículos de passageiros, e continuam encerradas áreas de consumo de comidas e bebidas dos conjuntos comerciais.

Para a região de Lisboa há um reforço da vigilância epidemiológica, em especial em atividades com muitos focos de infeção (por exemplo obras de construção civil e trabalho temporário), e são anunciados planos de realojamento de emergência, para separar pessoas infetadas. Os centros comerciais e lojas do cidadão continuam encerrados até 04 de junho.

O Governo aprova também o prolongamento da situação de calamidade até 14 de junho, o fim do dever cívico de recolhimento a partir de 01 de junho, os julgamentos presenciais a partir de 03 de junho, e a utilização da capacidade normal dos restaurantes, desde que assegurem distancia e usem acrílico entre clientes. O teletrabalho deixa de ser obrigatório a partir de dia 01 de julho e os ginásios podem abrir na mesma data, com regras. A DGS recomenda ao parlamento o uso de máscara mesmo no ato de tomada da palavra. Portugal regista 1.383 mortes e 31.946 infetados.

30 maio: Quase três meses passados do primeiro caso oficial de covid-19 já morreram em Portugal 1.396 pessoas e 32.203 pessoas foram infetadas. Investigadores dizem que o número de infetados pode ser 10 vezes superior.