“As close as far away can be” é o mote da próxima edição do FEST, um festival dedicado ao novo cinema e aos novos realizadores, continuará a ter em Espinho a sua casa mãe, mas este ano contará com sessões em simultâneo no Porto e em Lisboa, entre os dias 2 e 9 de agosto.
“O FEST pretende reforçar o seu compromisso com a sala, enquanto espaço primordial para a mostra de cinema, ao mesmo tempo que cria soluções que não comprometam os cuidados necessários a ter no atual cenário de controlo pandémico”, adianta a organização em comunicado. Uma ideia que marca também a introdução de um novo espaço de exibição, um cinema drive-in que será instalado na cidade que, juntamente com o Multimeios de Espinho, serão as duas casas do festival.
Em termos de programação, a intenção passa por mostrar “o mais interessante novo cinema mundial, numa altura em que os realizadores emergentes enfrentam novas dificuldades para a mostrar os seus filmes, fruto do cancelamento de diversos festivais internacionais e da situação de incerteza quanto ao regresso e à programação das salas de cinema de circuito comercial”. Os detalhes sobre a seleção de filmes serão revelados no decurso das próximas semanas.
Uma das imagem de marca do festival é a programação destinada aos profissionais do sector que, este ano, acontece num novo formato. “Em 2020, o FEST continuará a albergar, em formato streaming, o Pitching Forum, a plataforma que permite que novos cineastas possam apresentar os seus projetos a produtores, financiadores, gestores de fundos e investidores de topo com vista à obtenção de apoios e financiamento.”
Adiado ficam os restantes eventos da secção profissional, Training Ground, Director’s Hub e Industry Meetings, uma vez que não estavam reunidas as condições necessárias para a sua realização no formato desejado. “Sendo uma das apostas do FEST a criação de um ambiente de proximidade, troca de ideias e contacto próximo entre profissionais de diversos espectros, a sua realização dentro das necessárias regras de limitação de aglomerados e minimização de contactos sociais comprometeria, de forma inequívoca, a identidade e sucesso da iniciativa.”
Em alternativa, serão organizadas, ao longo do ano e em formato online, conversas, entrevistas e debates que possam manter abertos os espaços de discussão, troca de ideias e, com isso, alimentar a criação de uma rede colaborativa entre os diversos profissionais do sector.