A BMW, que adquiriu a Mini há 19 anos, traçou o caminho. O novo iX3, o X3 que todos conhecemos com motores de combustão, mas alimentado por baterias e movido exclusivamente por um motor eléctrico – de momento não foi ainda anunciada uma versão 4×4 com dois motores –, será fabricado na China e daí exportado para o resto do mundo. Daí que seja fácil perceber que a mesma receita seja agora aplicada à Mini, outra marca do grupo germânico.

Apesar dos investimentos do Governo alemão na indústria automóvel local, para manter no país a riqueza criada, a BMW decidiu deslocar para a China os investimentos necessários para a produção do iX3, certamente para usufruir dos custos de mão-de-obra inferiores do mercado oriental, que é também o maior para veículos a bateria. Como se isso não bastasse, levou a Mini a seguir o mesmo percurso, no que respeita à fabricação de um SUV mais pequeno e acessível, bem como outro de maiores dimensões, ambos de produção chinesa.

Segundo a Autocar, além do mencionado mini SUV eléctrico, surgirá igualmente um SUV maior, mas com motores de combustão, numa tentativa de diversificar a oferta e incrementar as vendas, a fim de manter a marca viável. Esta opção torna-se agora mais fácil dado a BMW ter passado a usar uma plataforma com tracção à frente no Série 1 e X1, em vez de com tracção posterior como usava até aqui, para estar em condições de fornecer à Mini uma base para os seus modelos, todos eles, em termos de concepção, primordialmente com tracção dianteira.

Tudo indica que as baterias para os Mini SUV chineses vão ser fornecidas pela SVolt, empresa que pertence à chinesa Great Wall Motors e que o modelo poderá recuperar o termo Paceman, que já foi descontinuado, mas que estava associado a um estranho coupé com base no Mini em versão berlina.

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