A subida rápida das infeções com o novo coronavirus no sul dos EUA é um “problema grave” considerou esta sexta-feira o diretor do instituto das doenças infecciosas norte-americano, Anthony Fauci.

“Temos um problema grave em algumas zonas”, afirmou Fauci, o perito mais escutado nos EUA sobre a pandemia, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca.

Dirigindo-se em particular aos jovens, Fauci apelou à sua responsabilidade, lembrando-lhes que vivem em uma sociedade “interligada”: “Se vocês forem infetados, vão infetar outra pessoa, que vai infetar outra pessoa”, especificou.

Neste sentido, acentuou o seu alerta: “E, no final, vão contaminar alguém vulnerável, talvez uma avó, um avô, um tio em quimioterapia ou radioterapia ou uma criança com leucemia”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na mesma ocasião, o vice-Presidente Mike Pence procurou tranquilizar os norte-americanos, garantindo que a situação atual não tem nada a ver com a do início da pandemia no nordeste do país em março.

“Cerca de metade dos novos casos são pessoas com menos de 35 anos, o que é uma informação encorajadora”, disse.

“Estamos em uma posição melhor. A verdade é que diminuímos as transmissões, alisamos a curva”, avançou Pence.

Apelou ainda aos jovens para que sigam os conselhos de distância social e de higiene, mas não mencionou o uso da máscara.

Pence defendeu também a organização de comícios de campanha por Donald Trump, em nome da “liberdade de expressão”.

O Presidente Donald Trump, do Partido Republicano, disputa no próximo dia 3 de novembro a sua reeleição contra o candidato do Partido Democrata e ex-vice-Presidente de Barack Obama, Joe Biden.

A pandemia de Covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (124.415) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,42 milhões).