O secretário-geral da Organização Nacional dos Professores (ONP) moçambicana considerou esta quinta-feira que o regresso gradual às aulas vai evitar “uma disfuncionalidade” do Sistema Nacional de Educação (SNE), mas defendeu a criação de condições de “segurança sanitária” contra a Covid-19.

Na terça-feira, o governo moçambicano anunciou a reorganização das escolas para o reinício faseado das aulas, considerando que as prioridades são garantir distanciamento e reforçar a higiene, para evitar infeções do novo coronavírus entre os alunos.

Em declarações esta quinta-feira à Lusa, o secretário-geral da Organização Nacional dos Professores (ONP), Teodomiro Muidumbe, disse ser compreensível a decisão do executivo de determinar o regresso às aulas, que estavam suspensas desde março como parte das medidas de prevenção de Covid-19.

A ONP compreende que as aulas tenham de voltar gradualmente, porque se isso não acontecesse, teríamos uma situação de disfuncionalidade do Sistema Nacional de Educação”, declarou Teodoro Muidumbe.

O secretário-geral da ONP defendeu a criação de condições de higiene e de proteção para “toda a comunidade escolar”, avançando que os professores vão exercer vigilância total no cumprimento das medidas de prevenção.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Os professores vão controlar com zelo a criação de condições de prevenção da covid-19 nas suas escolas, para que nem eles, nem os alunos nem os pais sejam infetados”, referiu Muidumbe. Nesse sentido, apenas escolas que tenham condições para a higienização e distanciamento social é que podem retomar a atividade letiva, acrescentou.

A possibilidade de a escola voltar a fechar, caso não cumpra os requisitos de higiene e prevenção, deve estar sempre em aberto”, disse o secretário-geral da ONP, a única organização representativa dos professores em Moçambique, classe ainda não sindicalizada.

Moçambique conta com um total de 903 casos positivos, seis óbitos e 248 recuperados.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 516 mil mortos e infetou mais de 10,71 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.