A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira quatro pessoas, com idades entre os 31 e os 48 anos, por suspeitas do crime de branqueamento de capitais, que provocou um prejuízo patrimonial superior a 100 mil euros.

A PJ adianta que a operação foi desenvolvida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), que realizou esta terça-feira sete buscas domiciliárias e não domiciliárias, além das quatro detenções, em processo crime cuja investigação corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Santarém.

Os detidos, refere a PJ, “colaboravam com uma rede criminosa internacional que se dedica à prática de burlas qualificadas, sendo responsáveis pela receção dos proventos da atividade criminosa, bem como pela mobilização e posterior envio desses fundos para outros elementos da rede criminosa, desempenhando a função de ‘money mules’ (transportadores de dinheiro)”.

O ‘modus operandi’ utilizado “consistia na colocação de anúncios falsos na Internet, referentes à venda de bens ou aquisição de serviços, criando nas vitimas a convicção de estarem perante um negócio licito e levando-as a efetuar os pagamentos acordados através de transferências bancárias internacionais, para as contas bancárias que lhes eram indicadas nos contactos estabelecidos com elementos desta rede criminosa internacional”.

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Após os pagamentos terem sido efetuados, as vítimas constatavam que as mercadorias ou serviços pretendidos não lhes eram disponibilizados, deixando de obter qualquer resposta, apercebendo-se nessa altura que haviam sido enganadas, explica a Judiciária.

A atividade delituosa investigada desenvolveu-se e teve repercussões em diversos países da Europa, nomeadamente Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Suíça, Espanha, Hungria e Áustria, entre outros, tendo provocando um prejuízo patrimonial superior a 100 mil euros.

Os detidos serão ouvidos na quarta-feira em primeiro interrogatório judicial e aplicação das respetivas medidas de coação.