A Ordem dos Enfermeiros (OE) anunciou esta sexta-feira a realização do “maior estudo” sobre as condições de trabalho da enfermagem em Portugal, que pretende ser “uma radiografia” dos profissionais que trabalham em Portugal.

O objetivo deste estudo é obter dados atuais e fidedignos sobre o desgaste destes profissionais, pretendendo ser uma radiografia dos enfermeiros que trabalham em Portugal”, afirma a Ordem dos Enfermeiros em comunicado.

Segundo a OE, o “maior inquérito” sobre as condições de trabalho da enfermagem em Portugal será realizado por um consórcio entre a Universidade Nova e o Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, coordenado pela historiadora Raquel Varela.

O Inquérito nacional às condições de vida e de trabalho dos enfermeiros/Portugal (INCVTEPor2020) foi esta sexta-feira enviado pela ordem aos enfermeiros e o vice-presidente da OE, Luís Barreira, apela à colaboração de todos os profissionais, afirmando que “é um instrumento fundamental” e que a sua colaboração “é essencial”.

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Os enfermeiros podem responder ao inquérito até 17 de agosto, através do link https://form.jotformeu.com/93008195586364.

Torna-se importante a obtenção de dados atuais e fidedignos após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter incluído no seu catálogo internacional o burnout ou a ‘síndroma de esgotamento profissional’ como fenómeno social associado ao sofrimento crónico no mundo do trabalho, e também no contexto da celebração do Ano Internacional da Enfermagem e da Campanha Global Nursing Now (Enfermagem Agora)”, lê-se no inquérito.

Refere ainda que, conforme é desígnio da OMS e do Conselho Internacional de Enfermeiros, “pretende-se revalorizar o grupo socioprofissional como forma de melhorar os indicadores vitais de saúde e, consequentemente, revitalizar os distintos sistemas nacionais de saúde a nível internacional”.

Todos os dados serão utilizados exclusivamente para fins científicos no âmbito do presente projeto, garantindo-se o anonimato dos respondentes e a confidencialidade dos dados dos participantes”, ressalva.

A participação é voluntária e os respondentes terão a liberdade de retirar o seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo para a sua vida pessoal ou para a sua atuação profissional, refere o documento.