O número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal subiu para 49.379 esta quinta-feira, 23 de julho, depois de terem sido registados 229 novos contágios nas últimas 24 horas, de acordo com o relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS). O número de casos aumentou em 0,5% e o número de mortos subiu em 0,2%, fixando-se agora nos 1.705. Desta forma, a taxa de letalidade da Covid-19 em Portugal é de 3,45%.
Do relatório divulgado esta quinta-feira ao início da tarde há vários pontos a destacar: o número de mortes e casos; a distribuição geográfica das novas infeções, que continuam a concentrar-se na região da capital mas que aumentaram subitamente noutras partes do país; as faixas etárias mais afetadas; e a ligeira descida dos internamentos gerais.
Mais 3 mortes, todas de pessoas com mais de 80 anos
O número de mortes subiu em 3 (uma descida em relação aos 5 da véspera, em que foi ultrapassada a barreira dos 1.700 mortos em todo o país), fixando-se agora o total em 1.705. Das 3 mortes em causa, duas são região de Lisboa e Vale do Tejo e uma é na região Norte. Trata-se de dois homens e uma mulher, todos com mais de 80 anos de idade.
3 a cada 4 casos são na região da capital, mas casos no Alentejo e Sul disparam
Continua a manter-se a tendência iniciada há meses: a região de Lisboa e Vale do Tejo continua como aquela que mais novos casos regista. Dos 229 anunciados esta quinta-feira, 172 são na região da capital — ou seja, 75,1% do total. A percentagem é elevada (corresponde, na prática a 3 em cada 4 casos), mas ainda assim é a mais baixa desde 14 de julho, dia em que 61,3% dos 233 casos então anunciados eram em Lisboa e Vale do Tejo.
De qualquer modo, é também merecedor de nota que há três regiões em que os números sobem: no Norte, passou dos 18 para os 25; no Sul foi dos 4 aos 10; e no Alentejo subiu de 3 para 14.
Assim sendo, o Norte regista um aumento diário de 38,8%, o Sul sobe em 150% e o Alentejo aumenta num só dia em 366% os seus casos. São subidas significativas, mas que, sobretudo no caso do Sul e do Alentejo, não podem ser tidas em conta sem perder de vista que se trata de um total de 24 novos casos entre as duas regiões.
Maior número de casos é entre pessoas dos 40 aos 49 anos, seguido de perto dos 20-29
Quanto a idades, a DGS aponta que nas últimas 24 horas a faixa etária mais presente entre os novos casos é a que vai dos 40 aos 49 anos. Entre os 229 novos casos, 45 fazem parte desse grupo etário — o que equivale a 19,7%, ou praticamente 1 a cada 5 casos.
Seguem-se os 20-29 anos (43), 30-39 anos (33), 50-59 anos (26), 10-19 anos (19), 70-79 anos (18) e os 60-69 (17). Por fim, a faixa menos afetada é também a potencialmente mais crítica: com 80 ou mais anos, há 13 casos registados nas últimas 24 horas.
Regista-se ainda um novo caso cuja idade é, segundo o boletim da DGS, desconhecida.
Há menos 8 internados, UCI igual
Nos hospitais, a situação não mudou muito nas últimas 24 horas. De acordo com o boletim, há agora 431 pessoas em internamento geral — ou seja, menos 8 do que ontem.
No que diz respeito aos internamentos em UCI, o número mantém-se em 59 — que é o número mais baixo desde os 55 internados com este tipo de cuidados registados a 8 junho.
