O Departamento Central de Investigação e Acção Penal arrestou bens no valor de 19,2 milhões de euros em 2019, no decurso de processos por criminalidade organizada, mais do dobro face às apreensões de bens de 2018 (tinha atingido os 8,4 milhões de euros), de acordo com o jornal Público. Os dados constam do relatório anual do Ministério Público, que, no total, entre todos os departamentos, arrestou 28,6 milhões de euros no ano passado.

O mesmo relatório indica que, no âmbito da criminalidade económico‑financeira, foram abertos 7.767 inquéritos pelo Ministério Público, um aumento face aos 6.860 processos de 2018. Mas no que diz respeito estritamente a crimes de corrupção e outros, como tráfico de influência, peculato ou abuso de poder, houve abertura de 2.155 novos inquéritos, uma redução face a 2018 (2.586 inquéritos).

Há ainda uma diminuição dos inquéritos por crimes fiscais, com 5.155 casos em 2019 (depois de ter atingido 6.798 no ano anterior) e dos inquéritos por crimes ambientais — 215 em 2019, face aos 494 de 2018.

Com aumento considerável estão ainda os processos por crimes relativos à cibercriminalidade. Foram abertos 22.747 novos inquéritos, depois de 16.348 casos em 2018. O número de inquéritos mais do que duplicou face a 2017 (9.835).

De acordo com o Público, os inquéritos por crimes contra idosos também duplicaram, passando para 1597 casos, depois de 736 inquéritos em 2018.

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