A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira que assinou um contrato de 63 milhões de euros com a farmacêutica Gilead para assegurar tratamentos com Remdesivir na União Europeia (UE), após este medicamento antiviral ter sido autorizado para combater a Covid-19.

De acordo com a informação divulgada pelo executivo comunitário, este contrato assinado com a Gilead, após conversações com a empresa nas últimas semanas, visa “garantir doses de tratamento de Veklury, a marca comercial da Remdesivir“, depois de este ser sido o “primeiro medicamento autorizado a nível da UE para o tratamento da Covid-19″.

Assim, “a partir do início de agosto, e a fim de satisfazer necessidades imediatas, serão disponibilizados aos Estados-membros e ao Reino Unido lotes de Veklury, com a coordenação e o apoio da Comissão”, acrescenta a Comissão Europeia.

Orçada em 63 milhões de euros financiados pelo Instrumento de Apoio de Emergência da Comissão Europeia, a medida visa garantir o tratamento de cerca de 30 mil pacientes que apresentam sintomas graves de Covid-19, segundo as estimativas da instituição.

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“Isto ajudará a cobrir as necessidades atuais ao longo dos próximos meses, assegurando simultaneamente uma distribuição justa a nível da UE, com base numa chave de repartição, tendo em conta as recomendações do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças”, explica a Comissão Europeia.

O executivo comunitário vai agora a preparar uma aquisição conjunta para novos stocks do medicamento para, assim, cobrir necessidades e fornecimentos adicionais a partir de outubro.

No início de julho, o Remdesivir foi autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) como o primeiro tratamento da Covid-19, visando então curar adultos e adolescentes a partir dos 12 anos de idade com pneumonia que necessitam de oxigénio suplementar.

Enquanto estiver autorizado para ser comercialização para tratamento da Covid-19 na UE, o medicamento continua a ser monitorizado para garantir a sua segurança.

À Gilead foi ainda solicitado que apresente até final do ano relatórios finais dos estudos Remdesivir à EMA, sendo esta uma das condições a cumprir para passar de uma autorização condicional de introdução no mercado para uma autorização total.