O presidente do Conselho de Administração da Semapa, Heinz-Peter Elstrodt, renunciou ao cargo e foi substituído pelo administrador José Fey, indicou esta sexta-feira a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Conselho de Administração da Semapa – Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. designou, em 30 de julho de 2020, o administrador Senhor Eng.º José Antônio do Prado Fay como presidente do Conselho de Administração da sociedade, com efeitos a partir dessa data e até ao termo do mandato em curso, em virtude da renúncia apresentada pelo Senhor Dr. Heinz-Peter Elstrodt ao exercício desse cargo”, lê-se na mesma nota.
“O Conselho de Administração da Semapa agradece ao Senhor Dr. Heinz-Peter Elstrodt todos os contributos e a dedicação com que desempenhou o cargo de presidente do Conselho de Administração da sociedade”, adiantou o grupo.
A empresa anunciou esta sexta-feira que os seus lucros caíram 61% no primeiro semestre deste ano, para 39,3 milhões de euros, em termos homólogos, segundo um comunicado publicado pela CMVM.
No que diz respeito aos resultados líquidos atribuíveis a acionistas, a redução, face a igual período do ano passado, foi de 58,8%, para 30,3 milhões de euros, lê-se na mesma nota.
A atividade desenvolvida no 1.º semestre de 2020, e em especial no 2.º trimestre, refletiu os efeitos da pandemia Covid-19, nomeadamente os diferentes períodos de confinamento implementados em diversas geografias onde o grupo Semapa opera”, explicou a empresa na mesma nota.
O impacto não foi igual em todos os segmentos, tendo sido maior na Pasta e Papel e “com pouco impacto no negócio do Cimento e Outros Materiais de Construção em Portugal e no Brasil e melhoria no Ambiente”.
A empresa indicou ainda que “uma forte atuação no sentido da gestão de custos e ‘cash-flow’ permitiu que a posição financeira do grupo Semapa se reforçasse durante o período”.
A Semapa registou um volume de negócios consolidado de 941,8 milhões de euros, um decréscimo de 15,9% em relação a igual período de 2019, com as exportações e vendas no exterior a ascenderem a 660,1 milhões de euros, 70,1% do volume de negócios, segundo o comunicado.
Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fixou-se em 203,3 milhões de euros, uma queda de 23,1% em relação ao período homólogo, referiu o grupo.