O número de casos de Covid-19 ativos em Portugal está a cair há uma semana e meia – nesse período, o número baixou 4,5% para os 12.624 atuais. Este é um dos destaques do boletim da Direção-Geral de Saúde, que dá conta de mais 112 infeções confirmadas nas 24h até à meia-noite desta terça-feira, com mais um óbito.

O boletim diário aponta para 51.681 casos de infeção confirmada, até ao momento em Portugal (mais 112 do que na véspera), e 37.318 recuperados (207 nas últimas 24h). Morreu mais uma pessoa, depois das zero mortes da véspera, para um total de 1.739 óbitos.

Esses três valores permitem concluir que existem, em Portugal, neste momento, 12.624 pessoas com infeção diagnosticada e ainda não considerada recuperada (ou que tenha culminado com o óbito) – a 26 de julho, dia em que esse número subiu ligeiramente, eram 13.230 e, recuando um pouco mais, a 21 de julho eram 13.432 pessoas, mais 6,4%. Sublinhe-se, porém, que esta contabilização não reflete possíveis infeções ainda não diagnosticadas devido ao normalmente longo período de incubação da doença. Há também, segundo a DGS, 1.451 pessoas a aguardar resultado de análise laboratorial.

Outra notícia mais positiva: há quase três meses que não se registavam três dias consecutivos com menos de 200 casos, o que aconteceu em Portugal nos últimos três dias.

Letalidade de quase 16% nas pessoas com mais de 70 anos

O óbito registado nas últimas 24 horas diz respeito a uma mulher que tinha entre 70 e 79 anos de idade. Nessa faixa etária já morreram 338 pessoas, o que, somado às 1.165 com mais de 80 anos, faz com que tenham morrido em Portugal 1.503 pessoas com mais de 70 anos, infetadas com Covid-19.

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Essas 1.503 mortes correspondem a 86% de todos os óbitos registados até ao momento.

Fonte: DGS

Tendo em conta que já foram diagnosticadas com Covid-19 9.464 pessoas com mais de 70 anos, estas 1.503 mortes apontam para uma taxa de letalidade de quase 16% nessas faixas etárias.

Lisboa e Vale do Tejo com cerca de 61% dos novos casos

A mulher que morreu nas 24 horas de segunda-feira vivia na região Norte, zona do país onde surgiram 19 dos 112 novos casos de hoje. A prevalência de novas infeções confirmadas continua a pertencer à região de Lisboa e Vale do Tejo, com 68 das 112 infeções: cerca de 61% dos novos casos.

Essa percentagem, embora continue a ser dominante, tem-se afastado gradualmente da prevalência de 90% dos novos casos que chegou a verificar-se no início do verão. Ainda assim, embora Lisboa e Vale do Tejo já tenha tido 26.457 casos (e o norte 18.816), o número total de óbitos continua a verificar-se no norte: até ao momento, 606 mortes em Lisboa e Vale do Tejo e 829 no norte.

Depois das zero mortes a nível nacional, registadas na segunda-feira, Lisboa volta a não ter quaisquer óbitos, o que não acontecia há 23 dias consecutivos (até segunda-feira).

Também em destaque: a Madeira teve tantos novos casos nos últimos três dias como nas três semanas anteriores. Já vai com 117, no total, quando no início do mês eram 106.

O boletim aponta, ainda, para um aumento de 11 pessoas no número de internados – para 401 –, dos quais 44 estão em cuidados intensivos (mais dois do que na véspera).

Estes números estão a subir há três dias consecutivos. Mas continuam muito longe da fase pior: a 7 de abril havia 271 internados em cuidados intensivos e em meados desse mês havia 1.302 pessoas no hospital.

35% dos doentes sentem tosse e 27% têm febre

Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas da infeção. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 90% desses casos) mantêm-se praticamente inalterados em relação aos últimos dias, com maior preponderância de tosse (35%) e febre (27%), seguidas de dores musculares (21%) e cefaleias (20%).

Fraqueza generalizada (14%) e dificuldades respiratórias (10%) são os sintomas com menor taxa de incidência.

A Direção-Geral de Saúde continua sem fazer atualizações ao quadro dos “casos importados”, mantendo os mesmos números dos últimos dias – uma questão que o secretário de Estado da Saúde Lacerda Sales não esclareceu na conferência de imprensa de segunda-feira, indicando não ter informação sobre esta matéria.

(notícia corrigida com informação de que casos ativos baixam há 10 dias consecutivos, não 15 como inicialmente contabilizado)

https://observador.pt/2020/08/04/eua-com-532-mortos-e-mais-de-48-mil-casos-nas-ultimas-24-horas/