À semelhança do que acontece com o Tesla Model S, também o Porsche Taycan começa a ser um cliente habitual nas pistas de drag race, onde enfrentam os superdesportivos mais rápidos do mercado. Isto apesar de ambos os eléctricos se tratarem de berlinas, sendo o americano mais virado para o conforto – pelo menos, até estar disponível a versão Plaid – e o alemão para o espírito desportivo.
Desta vez, o Taycan Turbo S enfrenta um superdesportivo britânico fabricado em 2015, o McLaren P1, de que apenas foram produzidas 375 unidades. Há um certo equilíbrio entre ambos, embora o Porsche anuncie 761 cv e o McLaren 916 cv. Contudo, o Turbo S só usufrui dos adicionais 136 cv da função overboost durante 8 segundos, regressando depois aos 625 cv, e o P1 oferece 916 cv, mas só enquanto a pequena bateria de 4,7 kWh tiver energia (deverá durar menos do que os 8 segundos do Porsche). De seguida, o McLaren perde os 179 cv do motor eléctrico, ficando apenas com os 737 cv do motor 3.8 V8 biturbo.
Por possuir tracção integral, ao contrário do McLaren, e ter mais torque a baixo regime, é de esperar que o Porsche arranque de forma mais célere, apesar de anunciar um peso de 2370 kg, mais cerca de 800 kg do que os 1547 kg do P1. A seguir aos primeiros metros, com a prova de arranque a consistir numa aceleração até ao quarto de milha (402 metros), teremos de ver quem cruza primeiro a linha de meta.
Ambos os veículos anunciam 2,8 segundos de 0 a 100 km/h, pelo que a questão vai ser o que acontece entre os 100 km/h e pouco mais de 200 km/h, velocidade que devem atingir depois de percorrer 402 metros.
O McLaren protagonizou um arranque anormalmente mau, pois chegou aos 100 km/h ao fim de 3,65 segundos (mais 0,85 segundos do que o anunciado), isto por contraste com um arranque anormalmente bom do Taycan Turbo S, que franqueou esta fasquia em 2,7 segundos, menos 0,1 s do que o anunciado. Contudo, é o P1 que chega ao ¼ de milha à frente, necessitando apenas de 10,68 segundos, contra os 10,82 segundos do Porsche. A diferença deveria ser superior, caso o desportivo britânico realizasse um arranque “normal”.
O modelo eléctrico chegou ao fim dos 402 metros a 205,14 km/h, um valor muito inferior à velocidade máxima atingida pelo carro britânico, que fixou a marca em 241,02 km/h, apesar de ter sido estranhamente lento a abandonar a linha de partida.
O resultado da drag race organizada pelo Lovecars deverá ter agradado a Tiff Needel, que é uma das caras deste canal de YouTube juntamente com Paul Woodman, pois o ex-piloto inglês de F1 que nos habituámos ver nos programas de televisão Top Gear e Fifth Gear, ambos sobre automóveis, é assumidamente fã dos motores de combustão.