Quase metade dos portugueses (48%) afirma poupar menos devido ao impacto da pandemia, embora mais de um terço assuma que a crise sanitária está a ter um efeito positivo nos seus gastos, segundo um estudo divulgado pela Intrum. As conclusões integram uma edição especial do EPCR 2020 — European Consumer Payment Report, White Paper covid-19, que revela o impacto financeiro da pandemia nos consumidores e nas suas finanças pessoais.

Segundo o estudo divulgado pela empresa de serviços de gestão de crédito e que abrange 24 países europeus, incluindo Portugal, 39% dos europeus inquiridos afirmam que poupam “significativamente menos dinheiro” para o futuro do que antes da pandemia.

Em Portugal, quase metade (48%) diz estar a poupar menos, sendo o 5.º país da lista nesta situação, liderada pela Polónia, Hungria e Itália, com 65%, 56% e 53%, respetivamente. Por outro lado, para mais de um terço (36%) dos inquiridos nos 24 países europeus, a pandemia teve um resultado positivo nos seus gastos financeiros, com a redução de compras na área do turismo (viagens e férias), roupas e alimentação, passando a focarem as despesas em bens de primeira necessidade.

Portugal encontra-se em 8.º lugar desta lista de países, com uma percentagem de inquiridos de 38% a considerarem que a pandemia teve um impacto positivo nos seus gastos diários. No topo da lista está a Estónia, com 65% dos entrevistados a assumirem o efeito positivo nas contas diárias, seguida pela França (47%) enquanto no lado oposto está a Hungria com 21% e a Dinamarca, Alemanha e a Áustria, todas com 23%.

Os jovens dos 18 aos 21 anos (40%) foram quem gastou menos dinheiro devido à pandemia, percentagem semelhante à faixa etária dos 22 aos 37 anos (39%), destaca a Intrum.

O estudo baseou-se em respostas de cerca de 4.800 consumidores e foi realizado em maio em 24 países europeus.

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