A Coreia do Norte anunciou esta sexta-feira o levantamento do confinamento imposto no fim de julho a uma cidade localizada na fronteira com a Coreia do Sul, após a descoberta de um primeiro caso “suspeito” do novo coronavírus.

“Está provado que a situação (…) foi estabilizada”, disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, de acordo com a agência de notícias oficial da Coreia do Norte KCNA.

Até esse momento, Pyongyang havia afirmado não ter registado casos de Covid-19 no seu território, o que os especialistas internacionais duvidam, dada a devastação causada pelo vírus, que causa a Covid-19, em todo o mundo.

As autoridades norte-coreanas haviam ordenado no final de julho o confinamento por três semanas na cidade de Kaesong (sul) após a prisão de um homem de 24 anos, que apresentava sintomas do vírus, acusado de ter cruzado ilegalmente “a linha de demarcação” que serve de fronteira com a Coreia do Sul.

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Kim expressou “o seu agradecimento (…) aos habitantes da região confinada, que têm sido fiéis às medidas tomadas” pelo governo norte-coreano, “apesar dos transtornos sofridos durante o confinamento”.

A Coreia do Norte encerrou as suas fronteiras no final de janeiro, quando a epidemia estava a explodir na China, e impôs restrições drásticas à sua população, incluindo a contenção rígida de milhares de pessoas.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 750 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.770 pessoas das 53.548 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.