Ao contrário de alguns concorrentes, como a Nikola, a Rivian está no negócio da construção de veículos não para falar, mas sim para mostrar serviço. Daí que já tenha a velha fábrica no Michigan que adquiriu à Mitsubishi quase integralmente renovada – estaria pronta caso alguns dos robots de que necessita não estivessem atrasados, devido ao fornecedor estar ainda a braços com complicações devidas à pandemia –, de onde já sai a R1T, a pick-up da Rivian. De seguida, será a vez do SUV concebido sobre a mesma base, o R1S, que partilha chassi, motores, baterias e até grande parte da estética.
O fundador da jovem marca, R. J. Scaringe, à semelhança de Musk, também ele um apaixonado pela técnica e formado pelo MIT, convida-nos a uma visita pelas instalações fabris, onde nasce a pick-up e onde trabalham 700 funcionários. As imagens tornam evidente o carácter sério do projecto, o que atraiu fortes investimentos da Ford e da Amazon, entre outros, com a Rivian Automotive a não ser ainda uma empresa pública.
A R1T montará baterias com capacidades de 105, 135 e 180 kWh, para com elas alimentar motores eléctricos que totalizam 408, 710 e 764 cv. De recordar que, ao contrário dos concorrentes, a Rivian monta um motor eléctrico por roda, o que lhe permite maior manobrabilidade em terrenos escorregadios, virando tipo tanque, ou seja, sobre ela mesmo, ao fazer girar os motores de um lado num sentido e os do lado contrário noutro.
Com os atrasos provocados pela Covid-19, o construtor espera agora começar a entregar a R1T em Junho de 2021, conseguindo ainda assim ser a primeira pick-up eléctrica deste tipo a chegar ao mercado.