No Reino Unido, as pessoas infetadas com o novo coronavírus vão ter direito a uma prestação do Estado para ficarem em casa. Este apoio vai destinar-se apenas a pessoas com baixos rendimentos, numa altura em que o Governo liderado por Boris Johnson tem dados que indicam que a falta de rendimentos das famílias é um dos principais motivos para os infetados não cumprirem a quarentena a que estão obrigados e irem trabalhar.

A notícia é divulgada (acesso pago) pelo The Telegraph e surge no dia em que o Governo do Reino Unido vai decidir se vai alargar as regras restritivas a mais regiões do país. Aliás, o apoio que o Governo vai atribuir a partir do dia 1 de setembro vai começar por aplicar-se apenas às pessoas com baixos rendimentos nas regiões que, nessa altura, tenham regras especiais de isolamento — tal como acontece já em Birmingham, em Greater Manchester, partes de Lancashire, Leicester, Luton e Northampton. Por agora, vai já ser testado em Blackburn, Pendle e Oldham. Caso produza os efeitos pretendidos, será depois alargado às áreas onde a infeção está mais ativa. E pode mesmo vir a aplicar-se a todo o país, caso exista uma segunda onda no próximo inverno.

A intenção do Governo é evitar que os infetados saiam para trabalhar por não terem outra opção, já que não podem comportar a perda do rendimento mensal, tendo sido esta uma das razões apontadas pelo ministro da Saúde Matt Hancock para explicar porque não foi possível rastrear todas as pessoas que tinham o dever de se isolar por estarem infetadas. O incentivo para que cumpram o isolamento será, assim, de 132 libras (cerca de 150 euros) a quem tiver de ficar e casa 10 dias e 182 (200 euros) se o esse período for de 14 dias.

Este modelo vai permitir compensar quem tem de ficar em casa porque está infetado, mas também quem com eles contactou e, por isso, terá de cumprir isolamento pode 14 dias. Isto significa que mais do que um elemento do agregado familiar vai poder recebê-lo já que não há limite ao número de atribuições por família. Os destinatários do apoio terão entregar comprovativos relativos a outros apoios sociais que estejam a receber, extratos bancários e também a notificação recebida através da app Test and Trace, do Serviço Nacional de Saúde, a provar a situação de infeção ou de contacto com um infetado.

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