O Hospital de Santarém pediu que os doentes urgentes sejam encaminhados para outras unidades hospitalares por ter 19 médicos da escala do seu Serviço de Urgência ausentes, quatro deles com Covid-19 e 15 em isolamento por “contacto de alto risco”.

Em comunicado, o diretor clínico do Hospital Distrital de Santarém (HDS), Paulo Sintra, afirma que esta unidade de saúde “enfrenta uma diminuição na sua capacidade de resposta”, dada a ausência destes 19 clínicos e ao facto de o Serviço de Internamento, onde se encontram internados nove doentes positivos e 42 suspeitos, estar “sobrecarregado pela falta de profissionais disponíveis”.

Segundo a nota, entre terça e sexta-feira desta semana o Serviço de Urgência do HDS “mantém-se disponível para atender todos os utentes que se desloquem pelos seus próprios meios, tendo sido comunicado ao CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes] que todos os outros doentes, com especial enfoque nos doentes emergentes, sejam encaminhados para os Serviços de Urgência de outras unidades hospitalares”.

A capacidade crescente de testar, mais de 12.000 testes realizados até agora, as medidas de segurança e higienização implementadas, a contratação de profissionais suplementares e o esforço de todos os profissionais com cancelamento de férias e aumento dos turnos de urgência não foram suficientes para evitar a situação atual”, acrescenta.

No comunicado, o HDS diz esperar “retornar à atividade normal” na próxima semana.

Dos 19 médicos ausentes, um clínico do HDS e três prestadores de serviços estão infetados com Covid-19 e 15 médicos tiveram contacto de alto risco, refere a nota.

Numa informação a que a Lusa teve acesso, a administração do HDS afirma que o Serviço de Urgência deste hospital está sem capacidade de resposta para receber doentes com suspeita de enfarte, AVC, dor torácica, neurotrauma único e vértebro-medular e outros traumas graves.

“Assim, estes doentes não podem ser encaminhados para o Serviço de Urgência Geral deste hospital devido à falta de capacidade de resposta, sob pena de não ser prestada assistência adequada e em tempo útil, desde as 16h do dia 31 de agosto até às 9h do dia 5 de setembro”, refere essa comunicação.

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