Mais de 300 tratamentos contra a Covid-19 estão a ser estudados ou testados em pessoas em todo o mundo, incluindo antivirais, anti-inflamatórios e plasma sanguíneo convalescente, anunciou esta quinta-feira a federação internacional que representa a indústria farmacêutica.

Em comunicado, a Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA, na sigla em inglês) adianta que 22 farmacêuticas estão envolvidas em 81 ensaios clínicos de medicamentos — novos ou antigos — para a Covid-19, como antivirais, anti-inflamatórios, plasma sanguíneo de doentes recuperados e anticorpos monoclonais (anticorpos produzidos em laboratório).

A IFPMA promoveu esta quinta-feira, a partir da sua sede, em Genebra, na Suíça, uma videoconferência sobre os avanços na terapêutica contra a Covid-19, uma doença respiratória causada por um novo vírus que se tornou pandémica, com a participação dos líderes de algumas das maiores multinacionais farmacêuticas, como Pfizer, Roche, Gilead Sciences e MSD.

Segundo a IFPMA, as empresas associadas estão “totalmente comprometidas” em divulgar com “transparência” os resultados dos testes clínicos, “sejam bons ou maus”.

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Os testes, que decorrem em três a quatro fases, visam comprovar a eficácia e segurança dos medicamentos no tratamento de doentes com Covid-19.

O presidente da Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas, David Ricks, disse que a indústria farmacêutica “continua empenhada” em garantir que os fármacos serão “disponibilizados e acessíveis a todos os doentes que deles necessitarem”.

Para o diretor-geral da IFPMA, Thomas Cueni, “dificilmente haverá uma fórmula mágica para todos contra a Covid-19”, mas tal não deve servir de “desculpa” para não se aprovar diligentemente “novos tratamentos ou vacinas”.