É preciso recuar cinco meses para encontrar um aumento, em números absolutos, tão grande como o desta sexta-feira. A 16 de abril, no pico da pandemia, Portugal teve um aumento de 750 novos casos face ao dia anterior, esta sexta-feira foram mais 687 novos casos. No que diz respeito ao aumento relativo, o desta sexta-feira iguala o de quarta-feira, um aumento de cerca de 1,1%.
Há boas notícias no que diz respeito aos internamentos: diminuíram nas enfermarias e nas unidades de cuidados intensivos, pouco é certo, com menos cinco pessoas internadas que no relatório de quinta-feira da Direção-geral da Saúde. Desde o início do mês de setembro, dia 2, que o número de internados não descia nas enfermarias gerais e nas unidades de cuidados intensivos, no mesmo dia.
Já no que diz respeito aos mortos, morreram três homens, nas últimas 24 horas um deles no Algarve — que não registava qualquer morte desde 9 de agosto — e os restantes na região de Lisboa e Vale do Tejo. Tinham entre os 40 e mais de 80 anos: um com idade entre os 40 e os 49 anos, outro com idade entre os 60 e os 69 anos e o terceiro com mais de 80 anos.
Dos 62.813 casos já confirmados até ao momento em Portugal, nas últimas 24 horas recuperaram 203, aumentando para 43.644 o total de recuperados até às 00h desta sexta-feira. Além dos infetados com diagnóstico confirmado estão sob vigilância das autoridades de saúde 35.712 pessoas, mais 531 que no boletim de quinta-feira.
Lisboa e Vale do Tejo com mais de metade dos novos casos
Lisboa e Vale do Tejo concentra 53.57% do total de novos casos registados até à meia-noite desta sexta-feira enquanto a região Norte tem cerca de 33%. No Centro foram contabilizados 60 novos casos, no Algarve 15 e no Alentejo 12. As regiões autónomas também tiveram novos casos: cinco nos Açores e mais um na Madeira.
Já o número de casos na região de Lisboa é o mais alto desde 28 de junho. Desde dia 29 de junho que a região de Lisboa e Vale do Tejo não registava tantos casos novos de infeção em apenas 24 horas: são 368. No dia anterior, a 28 de junho, tinham sido mais 391 novos casos.
Adultos dos 20 aos 29 anos lideram número de novas infeções
Desde abril, no pico da pandemia, que o boletim da DGS não mostrava um número tão grande de faixas etárias com mais de 100 casos confirmados em apenas 24 horas. Depois de no boletim da quarta-feira os jovens adultos dos 20 aos 29 anos liderarem o número de infeções, na quinta-feira era a casa dos 30 aos 39 anos e esta sexta-feira voltam a ser os portugueses com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos a registarem mais infeções por Covid-19.
No que diz respeito ao número de casos ativos em Portugal, este é já o 27.º dia com casos ativos a subir. Nesse período acumularam mais 4.697 de casos de infeções ativas. As recuperações registadas, no mesmo período, não são suficientes para compensar o número de novos casos registados pelo que nos 27 dias de aumento do número de casos ativos há já mais 4.697 casos que há 28 dias.
